
O pagamento das bolsas e da manutenção istrativa da Capes está congelado. Foto: Divulgação
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), entidade vinculada ao Ministério da Educação (MEC), divulgou em uma nota oficial que não terá dinheiro para pagar mais de 200 mil bolsas destinadas a alunos de mestrado, doutorado e pós-doutorado após sofrer com cortes orçamentários.
Os depósitos deveriam ser feitos até esta quarta-feira, 7, e, com o bloqueio, o pagamento das bolsas e da manutenção istrativa da entidade está congelado.
Em nota, a Capes ressalta que a liberação dos recursos deve ser feita "não apenas para assegurar a regularidade do funcionamento institucional da CAPES, mas, principalmente, para conferir tratamento digno à ciência e a seus pesquisadores".
Conforme o g1, na última segunda-feira, 5, o MEC também relatou para o grupo de transição do governo que não conseguirá pagar cerca de 14 mil bolsas para médicos residentes que trabalham em hospitais universitários federais.
Por conta de cortes orçamentários, aproximadamente R$ 65 milhões que seriam usados para as remunerações dos residentes em dezembro faltarão à pasta. Atualmente, cada participante ganha, no mínimo, R$ 3.300,43.
Os bloqueios, feitos pelo governo federal, zeraram a verba do MEC para gastos "não obrigatórios", como bolsas estudantis, pagamentos de luz e de água e salários de funcionários terceirizados.
Segundo o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e a Andifes, os institutos federais perderam R$ 208 milhões e as universidades, R$ 244 milhões
Por outro lado, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que funciona como financiador de pesquisas de pós-graduação, não divulgou possíveis atrasos no pagamento de bolsas.