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CEEE está melhorando a infra de TI. Foto: Divulgação.
A CEEE fez uma atualização na sua infraestrutura de TI, adotando tecnologia HP BladeSystem da Sercompe, canal specialist da multinacional.
Com a aquisição, sai de cena máquinas RISC HP 580 com mais de 20 anos, RISC e servidores x86.
“Era um parque de servidores heterogêneo, antigo e sem possibilidade de expansão.Com este projeto buscamos a modernização, consolidação dos servidores e principalmente o gerenciamento centralizado”, afirma o coordenador de TI Luis Carlos Niedersberg.
O coordenador de TI da estatal gaúcha destaca que os novos servidores ocupam menos espaço, usam menos infraestrutura de rede e cabeamento, consome menos energia e ainda fornece grandes vantagens em termos de gerenciamento e escalabilidade, além de redundância em componentes como fontes e ventiladores.
A troca dos servidores é uma das mudanças na área de tecnologia da CEEE que vem sendo conduzidas por Niedersberg, um profissional experiente no meio de utilities que assumiu a coordenação de TI da companhia em julho de 2011, vindo de um período de quase 10 anos em diferentes cargos na Sulgás.
Em dezembro do ano ado, a área de distribuição da empresa migrou a sua base de dados do Oracle Database Enterprise 8.0.6 para a versão 10g do programa, com Real Application Clusters (RAC) em ambiente AIX.
No atendimento telefônico, desde a conclusão do processo migratório, o tempo de atendimento médio teve uma redução de 25%, com usuários atendidos em cerca de dois minutos e dez segundos.
Com a redução, o atendimento via 0800 da CEEE está 38% mais rápido que a média referencial do ramo elétrico, que é de 3 minutos e 27 segundos, sendo inclusive benchmark no setor.
Meses antes, em outubro, a empresa investiu R$ 1,4 milhão na compra de uma solução para informatizar seu departamento jurídico, incluindo o software Benner Gestão Jurídica, hospedagem, e e digitalização de um milhão de páginas de papel.
A solução visa agilizar o gerenciamento dos 18 escritórios de advocacia terceirizados contratados pela CEEE, que, além do grande volume de ações judiciais de clientes característico de qualquer empresa com muitos clientes, enfrenta ainda um ivo trabalhista originado pela privatização de parte da operação, no final dos anos 90.
Todas essas mudanças, no entanto, empalidecem frente ao projeto de migração do sistema de gestão da empresa, atualmente nas fases preliminares antes da licitação.
O projeto contempla licenças, consultoria e hardware, além de um novo sistema de billing, em um valor total que deve ficar na faixa dos US$ 60 milhões.
Com a implementação do novo ERP, o time interno de TI da estatal gaúcha de eletricidade deixará de ocupar boa parte do seu tempo adaptando às novas regulações da Aneel o Synergia, adquirido da chilena Synapsis e implantado no final de 1999.
Fontes com experiência no mercado de energia ouvidas pelo Baguete Diário, no entanto, não duvidam em apontar a SAP como franca favorita para levar o contrato.
A multinacional alemã é a fornecedora de sistemas de gestão do Grupo FL, o maior player do setor no Brasil, controlador da RGE, além de clientes como Copel, Cemig, Light, Itaipu, Eletronorte e Furnas.
O principal oponente seria a Oracle, que em seu site nos Estados Unidos divulga ter mais de 100 clientes na área de utilities. No Brasil, no entanto, a pesquisa da reportagem encontrou apenas a Tractebel Energia, maior empresa privada de geração de energia elétrica do país.
Os valores da previstos na licitação também não assustam as fontes, que destacam o alto custo dos consultores SAP especializados em billing, que são “mosca branca”.
A implantação do SAP na Light, anunciada em 2001, foi anunciado em R$ 100 milhões.