
Rodrigo Resende, sócio e CEO da Chaintech.
A Chaintech, uma integradora de tecnologia focada no governo, deve fechar o ano com um faturamento de R$ 240 milhões, uma alta de 220% frente aos resultados de 2023.
É um resultado notável para uma empresa fundada em Brasília em 2009 por um ex-funcionário da CTIS e que vem atuando de maneira discreta, pelo menos até agora, quando a empresa falou para uma extensa matéria na Bloomberg.
A Chaintech trabalha principalmente com a Red Hat para o lado de infraestrutura e integração de aplicações, e com a Servicenow para a gestão dos processos e workflow.
Alguns dos projetos já entregues incluem o Transferência Digital de Veículos (TDV) do Detran de São Paulo, uma iniciativa que envolve reconhecimento facial, digital e pagamento via Pix.
Esse projeto acaba de ser destacado pelo Gartner Eye on Innovation Awards for Government 2024.
Um projeto menos visível, mas certamente de maior porte, é o gerenciamento da base de dados biométrica do Tribunal Superior Eleitoral, que serve como base para a emissão de documentos como RG, aporte e carteira de motorista.
Rodrigo Resende, sócio e CEO da Chaintech, começou como estagiário na CTIS, na sua época uma grande fornecedora de serviços para o governo, adquirida em 2014 pela gigante chilena Sonda.
Resende, na época vice-presidente comercial, deixou a empresa no ano seguinte, e em 2019 entrou como consultor na Chaintech, na época uma revenda de serviços Oracle.
Depois de se tornar sócio, Resende liderou um reposicionamento do negócio, focando em parcerias com a Red Hat e Servicenow.
A receita da Chaintech, que em 2019 era de R$ 15 milhões, explodiu desde então e hoje é quase toda oriunda das duas novas parcerias, das quais a Chaintech deve estar entre os maiores canais no país.
Hoje a Chaintech obtém 85% das receitas do setor público, mas tem planos de diversificar, e, provavelmente por isso, decidiu começar a aparecer mais.
A partir do ano que vem, terá um time dedicado em São Paulo para buscar oportunidades, movimento que deve ser feito também no Rio de Janeiro em um segundo momento.