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Carlos Zenteno, presidente da Claro. Foto: Baguete.
A Claro anunciou nesta quinta-feira, 07, o início de seu serviço 4G em Porto Alegre. Em sua estratégia gradual de lançamentos nas capitais do país, Porto Alegre é a terceira - depois de Recife e Curitiba - a receber a operação.
Para o lançamento, o presidente nacional da companhia, Carlos Zenteno, esteve na capital para apresentar o serviço e como ele será iniciado no município.
A internet de quarta geração da Claro, chamada de 4GMax, começará em uma frequência limitada de 5Mhz (downstream) + 5Mhz (upstream), um quarto da banda total que a operadora tem o direito de oferecer, conforme adquirido em leilão realizado pela Anatel em junho.
"Para conseguirmos a frequência que agora destinamos ao 4G, conseguimos uma liberação de faixa junto à NET (empresa controlada pela América Movil, dona da Claro)", explicou o presidente.
O anúncio precoce na capital gaúcha tem seus motivos. Segundo Zenteno, a aceitação entre os clientes - que são cerca de 5 milhões em todo o estado - e a vontade de ser pioneira no estado onde a companhia nasceu foram algumas das razões.
Além disso, o 4G pode ser a carta na manga para abocanhar boa parte da diferença entre a operadora e a Vivo, que possui 40,9% do mercado gaúcho, cerca de 10 pontos percentuais a mais que a Claro.
A operação chega amparada em uma estrutura de 108 antenas. Neste estágio inicial do serviço, cerca de 50% da área atendida pela Claro em Porto Alegre já contará com o ao 4G.
Para demonstrar o serviço e dar uma idéia das regiões cobertas, foi realizada uma videoconferência ao vivo, ligando representantes da operadora em diversos pontos da cidade, como na região do Aeroporto Salgado Filho, Usina do Gasômetro, Parque da Redenção e no bairro Moinhos de Vento.
Com isso, é possível observar uma atenção maior da operadora à regiões mais centralizadas e bairros centralizadas
A velocidade da conexão também foi demonstrada, atigindo um pico de de 33 Mbps, cerca de um terço da velocidade total possível pelo 4G.
De acordo com Mauricio Perucci, diretor regional da Claro no Rio Grande do Sul, a empresa quer atingir a cobertura total na cidade no menor tempo possível.
"Estamos seguindo um cronograma para o serviço, que será aprimorado bastante até o final do ano e os clientes podem acompanhar isso no site da Claro", destaca.
OFERTA
Os primeiros aparelhos 4G a serem oferecidos pela Claro no estado serão o smartphone Motorola RAZR HD e o modem Huawei E392, oferecidos a preços reduzidos nos planos 4G com pacotes de dados acima de 5GB.
Outros aparelhos que também compõem a oferta de 4G são o Samsung Galaxy SIII e o Nokia Lumia 820, com preços de R$ 999 e R$ 549, respectivamente.
Para se ter uma idéia da mensalidade, o plano 4G ilimitado 200, que já cobre as ofertas com desconto para aparelhos, sai por R$ 241,50.
"Os preços do 4G não são muito acima do que já temos para o 3G", afirmou Zenteno, que destacou que cerca de dois mil brasileiros já assinam o 4G da Claro.
Em breve, a operadora também anunciará o lançamento dos tablets Galaxy Note 10.1 e Galaxy Note 2, modelos da Samsung compatíveis com a tecnologia.
INFRA
Para melhorar o serviço, Zenteno prevê um aumento gradual de antenas, subindo de 108 para 127 em abril, e pontos de o à tecnologia, assim como a expansão do espectro para a faixa de 20Mhz + 20Mhz.
"Esperamos as definições de liberação da frequência por parte dos canais de televisâo, que devem chegar em cerca de um mês", ressalta.
A pressa de Zenteno não se restringe a Porto Alegre, que segundo o cronograma da Anatel, deveria receber o serviço no final de 2013. No entanto, para as capitais-sede da Copa das Confederações, o tempo é curto.
"Lançaremos nossas operações em Salvador, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Brasília nas próximas semanas", garantiu o executivo.
Para agilizar o processo, a companhia já investiu cerca de R$ 510 milhões no 4G nacional. Além disso, foram anunciados mais R$ 6,3 bilhões em infraestrutura que serão aplicados até o final de 2014.
LEI
Para sair na frente com o 4G na cidade, a Claro manteve conversações com a prefeitura para lidar com a complicada legislação local para antenas de telecomunicações.
Para o secretário de Desenvolvimento e Assuntos Especiais, Edemar Tutikian, que participou do lançamento, o município está conversando com as operadoras e revendo as leis para não atravancar a instalação de novas antenas.
Tutikian reconheceu que a falta de antenas é um dos motivos para as deficiências dos sinais de telefonia na cidade, problema que pode se agravar ainda mais o 4G, que exige um número ainda maior de antenas para garantir a consistência do sinal.
"Estamos mapeando em quais locais o sinal é fraco e temos consciência que este problema existe. Há responsabilidades da istração pública e iniciativa privada."
Para fechar o assunto de antenas, Zenteno falou sobre o compromisso firmado esta semana com a Vivo, concorrente direta pela liderança no mercado móvel.
"Este acordo se refere ao que chamamos de compartilhamento 'ivo', com o uso comum de antenas e energia. Da parte 'ativa', como equipamentos de transmissão e conexão, cada operadora terá sua estrutura e seu serviço. Isto não será compartilhado", frisou.