
Antonio Conserva Junior, CEO e fundador da Beta Learning. Foto: divulgação.
A ClearSale, líder no mercado brasileiro de detecção de fraude em compras no comércio eletrônico, anunciou a aquisição da Beta Learning, paulista especializada em desenvolvimento de software, por R$ 40,1 milhões.
Em atuação desde 2018, a startup tem sede em São Carlos, São Paulo, e foi fundada por Antonio Conserva Junior, cientista da informação que já ou por empresas como Editora Cubo, Electrolux, iMax Games e Serasa.
A companhia tem 11 clientes, entre eles a própria ClearSale e a Faber-Castell, além de 110 funcionários, dos quais 85% são sêniores e 15% estão em fase de aceleração de carreira.
Além do serviço principal, focado no desenvolvimento de software, a Beta possui a Escola de Líderes, uma plataforma de treinamento de liderança com mais de 1 mil pessoas já capacitadas.
Esta é a primeira aquisição da ClearSale, que levantou R$ 795,2 milhões em seu IPO na bolsa brasileira, realizado em agosto. O acordo foi selado no modelo acqui-hiring, ou seja, tem foco em absorver os profissionais da adquirida.
“O objetivo é incrementar a nossa equipe com talentos que têm fit cultural comprovado. Mais do que desenvolvedores, estamos contratando formação de desenvolvedores. Podemos, e queremos, desenvolver boa parte dos nossos analistas de fraude para serem desenvolvedores no futuro”, explica Bernardo Lustosa, CEO da ClearSale.
Com a aquisição, o time de desenvolvimento da compradora terá um incremento de 35%. A ideia é reforçar a manutenção, melhorias contínuas e a criação de novos produtos para melhor atender os clientes, principalmente para a área de onboarding.
Os sócios da Beta permanecerão no negócio ajudando no desenvolvimento de softwares e no treinamento de colaboradores.
A ClearSale foi fundada em 2001 para montar uma solução antifraude para um então jovem e-commerce chamado Submarino. Hoje, a empresa tem como clientes nove entre as 10 maiores operações de vendas on-line do país, com exceção do MercadoLivre.
A companhia usa seu imenso data lake, com Fs, celulares, localização e outros registros digitais, para aprovar transações conhecidas como “card not present”, em que o consumidor precisa digitar o cartão.
Mais recentemente, a empresa começou a diversificar sua receita atendendo um outro nicho de mercado: bancos digitais e outras fintechs, que usam sua tecnologia antifraude no processo de onboarding de clientes. Esse negócio já representa cerca de 25% do faturamento.