
Rodrigo Krug. Foto: Bruno Todeschini/ASCOM PUCRS.
A Cliever lança na próxima semana a Cliever SL 1, seu quinto modelo de impressora 3D. Em função da tecnologia SL (estereolitografia) empregada no produto torna-se possível criar, com baixo custo, protótipos dotados de precisões dimensionais e melhores acabamentos externos.
“Queremos elevar os patamares de qualidade e eficiência no que diz respeito à prototipagem no processo de manufatura. Trabalhamos nesse modelo SL com objetivo de entregar ao cliente a melhor experiência nesse sentido, de modo que se possa reproduzir, com muita facilidade, peças de pequeno porte e complexas”, explica Rodrigo Krug, CEO da empresa.
O público alvo da nova máquina são indústria automobilística, jóias, calçadista, moveleiro, eletroeletrônico, saúde e odontológico, nas quais o possui o processo de prototipagem de precisão é parte do processo produtivo.
Desde sua fundação, a Cliever fabrica impressoras 3D para atender especialmente empresas que têm a necessidade de criar protótipos dentro do seu processo produtivo, como dos setores moveleiro, automobilístico e calçadista.
“Este ano estamos trabalhando para dobrar nossa base de maquinas instaladas no Brasil, chegando próximo a 1 mil unidades vendidas no país desde nossa fundação”, relata Krug
A impressão por SL presente na nova unidade tem como base a foto-polimerizacão de uma resina acrílica. O equipamento possui três componentes principais: um tanque, no qual a resina é armazenada na forma liquida; uma plataforma móvel, na qual a impressão 3D é feita; e um laser, cujos movimentos são controlados por um sistema microprocessado.
Ao entrar em contato com a resina, o laser polimeriza a matéria-prima, ou seja, altera seu estado líquido para sólido e assim, sucessivamente, camada após camada, o equipamento dá forma à impressão 3D.
“Vale ressaltar que, como se trata de uma resina diferenciada e produzida no Brasil, tem propriedades mecânicas e térmicas peculiares, o que amplia o leque de aplicação. Com isso, são muitos os mercados que, a partir de agora, poderão desfrutar dessa tecnologia”, explica.
Com isso, o setor de engenharia, por exemplo, poderá contar com peças para incrementar seus processos industriais, assim como o setor de saúde poderá aprimorar órteses e próteses por meio de protótipos gerados a partir do equipamento.
No final do ano ado, a Cliever, sediada no Tecnopuc, recebeu um aporte financeiro de R$ 2 milhões do Fundo de Investimento e Venture Capital Criatec 2.
No mercado há mais de três anos, a empresa iniciou com equipamentos de entrada, com preços na faixa dos R$ 5 mil reais. Em 2015, a Cliever vendeu 226 máquinas, faturando R$ 1,8 milhão, uma alta de 50% frente ao anterior, mesmo vendendo a metade das máquinas, o que indica um maior preço médio de venda.
O faturamento ficou abaixo dos R$ 3 milhões projetados, mas a empresa visa mais do que bater a meta em 2016, crescendo 200% para R$ 3,8 milhões.