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Ronaldo Aloise Junior, vice-presidente da HT Micron.
A HT Micron anunciou nesta quinta-feira, 25, a ampliação de sua unidade de chips em São Leopoldo.
Localizada no Tecnosinos, a fábrica já produz cerca de 3 milhões de smartchips por mês. Com a ampliação, produzirá mais 3 milhões de unidades/mês, mas de chips DRAM.
Os novos chips estarão disponíveis em novembro.
Em um investimento de R$ 20 milhões, a empresa duplicou o tamanho de sua sala limpa - local onde os chips são retirados dos wafers (formas) e encapsulados para serem enviados aos fabricantes - de 300 m² para 600 m².
Os chips produzidos pela companhia podem ser utilizados em computadores pessoais, tablets, telefones celulares, entre outros dispositivos eletrônicos.
AGILIDADE
Segundo Ronaldo Aloise Junior, vice-presidente da HT Micron, a fabricação destes componentes eletrônicos chega para atender uma demanda importante no país, que chega a R$ 34 bilhões por ano.
"Contamos com muitas fabricantes de computadores no país, mas grande parte dos componentes destes dispositivos ainda é importada", explica, falando dos ganhos logísticos que a produção local de semicondutores pode trazer.
Segundo o executivo, a empresa já tem em sua carteira de clientes empresas do país e na América Latina, mas não divulgou valores ou os nomes das companhia nos contratos.
NOVA FÁBRICA
A HT Micron deve abrir em 2013 a sua unidade completa de produção no parque tecnológico ligado à Unisinos. A construção do prédio começou em junho.
A fábrica, com 9200 m², contará com a maior sala limpa da América Latina, com 7500 m², cerca de 600 funcionários e capacidade de até 30 milhões de chips por mês.
"Com estas unidades, ofereceremos vários tipos de chips de memória e diferentes formas de encapsulamento, atendendo melhor à demanda de nossos clientes", destaca.
Segundo Ronaldo, com os investimentos em ampliação da unidade inicial da empresa e a fábrica maior, a empresa deve investir em infraestrutura um total de R$ 200 milhões até 2016.
PARCERIA
A HT Micron é resultado de uma t-venture entre a empresa coreana Hana Micron e a brasileira Parit, que possui participação em empresas como a Teikon.
Pela parceria, a Hana Micron, que registra faturamento da ordem de US$ 250 milhões em seu país de origem, fornece o conhecimento técnico e a tecnologia na fabricação dos chips.
A Parit, por sua vez, entra no negócio como investidor e facilitador dos negócios no país, estabelecendo contatos e entrando com o conhecimento de mercado.