
Mike Haugen, VP de vendas da Commvault para a América Latina. Foto: Divulgação.
A Commvault, multinacional do segmento de backup e gerenciamento de dados, tem motivos para comemorar sua atuação na América Latina. No último ano, a empresa registrou um crescimento de aproximadamente 80% no mercado da região, puxado por países como México e Brasil.
O Brasil é o país da região que teve o maior crescimento, segundo a companhia.
Estas informações foram compartilhadas pela Commvault durante o Go 2018, evento anual realizado pela empresa em Nashville, nos Estados Unidos. Embora não abra números específicos sobre o crescimento, a empresa não esconde estar satisfeita com os resultados obtidos nesta guinada comercial, na qual tanto México quanto Brasil guardam pesos semelhantes no faturamento - Colômbia entrou há pouco tempo na estratégia da companhia para a região.
"Nossos resultados na América Latina estavam um tanto parados até pouco mais de um ano atrás. Entretanto, realizamos ajustes pontuais em nossa estratégia para a região e estamos observando um crescimento animador. Existem grandes oportunidades para nós na América Latina", afirma Bob Hammer, CEO da Commvault.
Os ajustes apontados por Hammer começaram no Brasil no ano ado: em julho de 2017, a multinacional contratou Bruno Lobo como novo country manager. Ex-country manager da Veritas no Brasil e gerente de vendas empresariais da divisão de Data Protection da EMC, o executivo capitaneou os esforços da companhia no país no último ano.
Para Mike Haugen, VP de vendas da Commvault para a América Latina, o desafio da empresa agora é manter o ritmo de crescimento no Brasil, frente à presença intensificada de novos players, que também estão investindo no país. Haugen não especificou nomes, mas concorrentes conhecidos da Commvault no mercado internacional, como Veeam, também comemoraram crescimento no país.
"Nosso foco é continuar crescendo, basicamente, tanto em market share quanto em presença territorial no país", disparou Haugen.
Perguntado sobre o aspecto de market share, Haugen apontou que o Brasil guarda um grande potencial entre os clientes de médio e pequeno porte, além dos grandes contratos. Para isso, os esforços deverão se concentrar na recém-anunciada oferta de backup e disaster recovery como serviço.
Quanto a expandir geograficamente no Brasil, cidades como Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba estão no mapa da companhia, que mira oportunidades de grandes contratos. No Rio de Janeiro, por exemplo, o segmento petrolífero é um alvo. Já em Brasília, Haugen mostra otimismo com as oportunidades que a digitalização dos serviços públicos podem trazer.
"Estamos aumentando o número de contratos com governos, o que é ótimo. Sabemos do momento político complicado pelo qual o país a, mas estamos confiantes para retomar o ritmo assim que as novas estruturas governamentais estejam definidas", destaca Haugen.
Curitiba, por sua vez, deverá se tornar o eixo de expansão da Commvault para a região sul do país. Segundo Haugen, esses pontos já ajudarão a empresa a intensificar seu trabalho com o ecossistema de parceiros que ela vem cultivando nos últimos anos e que compõe boa parte da força de venda da companhia. No Brasil, a Commvault tem do seu lado parceiros globais como Huawei, HPE, Cisco e Hitachi Ventara (antiga HDS), assim como distribuidores como Arrow e Acorp.
"Estamos atacando agressivamente as indústrias de finanças e telecomunicações, que tem uma grande força para nós no Brasil. Novas questões de compliance, como legislações de proteção de dados, que atingirão praticamente todo tipo de empresa, também guardam grandes oportunidades para nós no mercado brasileiro", destaca o executivo, comentando a recente Lei Geral de Proteção de Dados, aprovada recentemente pelo Governo Federal.
*Leandro Souza cobriu o Go 2018 como enviado especial do Baguete a convite da Commvault.