
Vem aí um novo novo normal. Foto: Pexels.
O home office veio para ficar. Pelo menos, é o que indicam uma série de pesquisas, apontando que a tendência é que a prática permaneça em graus variáveis, mesmo depois da saída em cena completa do coronavírus.
A pandemia motivou uma adoção em massa do trabalho em casa no ano ado, mostrando para muitas empresas que o modelo é viável, permite redução de custos e o a novos pools de talento.
O desafio, porém, é como evitar uma tendência progressiva de retorno ao status quo, uma vez que o coronavírus sair de cena.
Medidas adotadas nesta semana pela NTT, a gigante japonesa de telecomunicações, e o Slack, rede de comunicação em alta no meio corporativo, mostram a necessidade de alterações a nível de estrutura física e cultura organizacional.
O Slack, que tem 2,597 funcionários em 17 escritórios em nove países (o Brasil não está na lista), anunciou que os executivos no comando vão liderar pelo exemplo, ando no máximo três dias por semana nos escritórios físicos da empresa.
Ao mesmo tempo, os escritórios não terão mais andares dedicados para altos executivos, que, quando estiverem trabalhando presencialmente, deverão focar em trabalho junto aos times e clientes.
“Os executivos vão liderar pelo exemplo”, disse à CNN o CEO do Slack, Stewart Butterfield. “Ter os times juntos presencialmente deverá ter um propósito, como construção de equipe, kick off de projetos e outros eventos planejados com antecipação”, explicou Butterfield.
A NTT, uma empresa muito maior, com 320 mil funcionários, está conduzindo uma mudança ainda maior, reformulando toda a sua presença física em nível mundial.
Os funcionários vão trabalhar ou em casa, ou em uma de cerca de 260 unidades que a empresa vai construir.
No Japão, o foco é aumentar a presença fora dos grandes centros, oferecendo 1,5 vezes mais metros quadrados por funcionário.
Vale destacar que o mundo do trabalho japonês era conhecido por longas horas no escritório e que o home office antes da pandemia nunca tinha decolado no país.
Talvez por isso, o plano da NTT é de longo prazo, envolvendo mudanças na política de contratação, digitalização de processos e implementação de software de segurança até 2023, segundo uma apresentação feita pela empresa a investidores.