
Computadores mais íveis a classes CDE. Foto: Flickr.com/halfbyte
Enquanto o IPCA, que mede a taxa oficial de inflação no Brasil, contabilizou aumento de 81,04% no custo de vida dos brasileiros nos últimos 10 anos, os computadores acumularam queda de 61,32% no preço médio no mesmo período.
É o que mostra um estudo divulgado pela Intel, segundo o qual, de uma forma geral, os eletroeletrônicos – TV, som e informática – foram uma das categorias com maior queda no preço na última década – 52,62% de decréscimo na média.
O computador fica ainda abaixo desse índice, graças a uma série de fatores que incluem a isenção de impostos sobre os produtos de informática, aumento da fabricação local de componentes, queda do dólar, aquecimento da economia local e o próprio aumento da escala do mercado brasileiro, que hoje disputa as primeiras posições mundiais em consumo de PCs.
“Dez anos atrás, ter um computador em casa era o sonho de muitas famílias na classe C. Hoje, este sonho nunca esteve tão próximo da realidade”, comenta Fernando Martins, presidente da Intel Brasil.
Segundo ele, a queda no preço chega aos computadores com as mais recentes tecnologias.
Enquanto em 2003 uma máquina com configuração básica, equipada com processador Intel Celeron de 1.3 GHz, 128 MB de memória e sistema operacional Windows XP, custava entre R$ 1.890 a R$ 2,3 mil no varejo, hoje é possível adquirir equipamentos touch screen e Windows 8 a partir de R$ 1,3 mil.
“Atualmente, o consumo de produtos eletrônicos e de tecnologia crescem no Brasil porque estão bem no alto da lista de prioridades de consumo das famílias", avalia Martins.
Na pesquisa da Intel, famílias das classes ABCD em que as pessoas já utilizam computadores, seja no trabalho, em LAN Houses, ou na casa de familiares e amigos, 24% ainda não possuem computador .
Entre esses grupos, 46% pretendem comprar um dentro de 18 meses e, destes, 52% consideram comprar um notebook e 48%, um desktop.
Já 8% pensam no tablet como o primeiro dispositivo computacional e 5% consideram a compra de um smartphone.
Seis em cada dez entrevistados para o estudo declararam sua intenção de comprar um computador ainda em 2013.
“O que torna o computador atraente para as famílias na classe C e D não é somente o preço ível, mas a capacidade de o à informação, educação, lazer e cultura. O investimento realizado em um computador retorna de muitas maneiras, tornando a compra uma prioridade para o brasileiro médio”, finaliza Martins.