
Fabiano Vergani. Foto: Baguete Diário
Fabiano Vergani, o novo diretor do Conapsi, órgão que reúne oito entidades de provedores brasileiros de internet - além da InternetSul, Abramulti, Abrappit, Golbal Info, Redetelesul, Abrint, Aprovape e Abranet - quer ver mais barulho no setor.
Essa é a segunda vez que o empresário gaúcho assume a direção do Conselho – ele esteve à frente da entidade em 2010. Para descrever o foco da nova gestão, ele usa uma analogia avícola.
“Cacarejar! O provedor tem que cacarejar mais: divulgar a sua relevância para a sociedade brasileira”, disse Vergani.
Na prática, Vergani defende meios alternativos à grande mídia, geralmente cara demais para o bolso das PMEs de internet, para divulgar serviços e efeitos que os provedores locais têm na comunidade.
Parcerias com prefeituras, por exemplo, seriam boas formas de “cacarejar”.
“O provedor local tem o, tem serviços na nuvem, tem e-mail, tem CRM, tem governo eletrônico, gera emprego, gera tributo, conecta as pessoas...temos que mostrar mais isso”, resume.
Sem ciscar no mesmo lugar
Movimentações recentes dos pequenos mostram que as empresas locais de o à internet não estão se acomodando.
Nesse mês, a INB Net, de Santo Antônio da Patrulha, investiu R$ 250 mil na tecnologia GPON – tida como a mais recente na área de telecom. No final do ano ado, a Viavale, de Santa Cruz do Sul, também anunciou um projeto similar.
São gastos pequenos, comparados aos investimentos milionários das grandes teles. Mas para Vergani, são exemplos que mostram como os provedores menores podem chegar em qualquer lugar, com qualidade.
“Não conheço um município do Rio Grande do Sul em que não tenha um provedor de internet. Pode não ter a concessionária, mas vai ter uma empresa regional”, destaca.
Nas contas de Vergani, entre 95% e 98% dos municípios gaúchos têm internet, graças aos “bandeirantes da internet”, como chama as pequenas empresas do ramo.
Mais empresas, mais o?
A estimativa de cobertura dada Vergani segue o aumento das empresas do gênero. O número de provedores no Brasil, por exemplo, ou de 1,3 mil, em 2010, para cerca de 2,5 mil, em 2011, diz o diretor.
Também influenciando a capilaridade da oferta da internet, o Plano Nacional de Banda Larga deixou o status de plano, em 2010, e ou a ser programa, com efeitos na última milha, a partir das primeiras ofertas do 1 Mbps por R$ 35.
Capitaneado pela Telebras, dirigida até junho do ano ado pelo fã de carteirinha dos provedores locais Rogério Santanna, o PNBL tem uma das suas maiores parcerias com a Oi, e hoje é comandada por Caio Bonilha, visto como mais conciliador.
Para Vergani, apesar da bandeira dos pequenos não estar mais alta no mastro, a Telebras está agindo de “forma equilibrada, sem abandonar os locais, e dando atenção às grandes”.
“Nós (provedores regionais) temos que ter a humildade de perceber que não conseguiremos levar a internet para todo o Brasil sozinhos, por isso o governo precisa da parceria das grandes empresas, junto com as média e as pequenas”, reconhece.
Segundo o presidente do Conapsi, a chegada da Telebras já tem beneficiado a oferta local de serviços, na medida em que o preço nas concessionárias baixou desde que a estatal abriu oferta.
“Estamos numa relação muito boa. Agora, é só ir atrás”, finaliza Vergani.