
Campinas, Porto Alegre e Brasília têm representantes do relatório. Foto: flickr.com/photos/sarahreido
Três empresas de Campinas [Ascenty, CI&T e Kryptus], uma de Brasília [ICTS] e outra do Rio Grande do Sul [Elipse], foram as escolhidas do Gartner para figurar no relatório Cool Vendors para o mercado brasileiro em 2014.
A listagem indica, anualmente, os fornecedores de soluções considerados pelo Gartner como interessantes e inovadores por seus produtos e serviços.
A empresa porto-alegrense de desenvolvimento de softwares que contam com sistema de supervisão e aquisição de dados (SCADA, na sigla em inglês), é destacada pela amplitude de aplicações, que inclui água e esgoto, produtos químicos, soluções de mineração, edifícios verdes, geração de energia, transmissão e distribuição, e aplicações de smart grid.
Além disso, o Gartner destaca o posicionamento da empresa para aproveitar as oportunidades geradas pela Internet das coisas, a expansão internacional da companhia e flexibilidade de custos frente a soluções all in one que combinam automação, controle e engenharia discreta.
Para a pesquisa, o principal desafio para Elipse é atingir um público mais amplo como uma empresa global.
“Ela não é bem conhecida fora da América Latina e precisa exibir um crescimento consistente e aumentar a sua base instalada nos mercados emergentes”, sugere o documento.
A Elipse conta com cinco escritórios no país, sediados em Porto Alegre, São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
ASCENTY
Já a Ascenty é um data center com operações Tier 3 em Jundiaí e Campinas com receita anual estimada pelo Gartner em US$ 40 milhões.
Segundo o instituto, a localização dos centros contribui para oferecer serviços de baixo custo, um diferencial no mercado.
"A Ascenty tem um approach único por levar a cabo projetos complexos, focados em fazer mais fácil para multinacionais se adequar as regras e mercado locais", analisa o Gartner.
Os desafios à frente da Ascenty tem basicamente a ver com o investimento exigido em tecnologia e marketing em um mercado cada vez mais disputado.
CI&T
Desde a fundação da empresa, em 1995, o Gartner considera que a CI&T evoluiu de uma empresa de desenvolvimento de software para uma líder que direciona seus clientes para transformações na área de TI.
“A empresa tem tido grande crescimento nos últimos anos devido à sua profunda utilização de metodologias ágeis, que são um diferencial no mercado”, completa o relatório.
O Brasil está apresentando uma aceleração na demanda para novos e ágeis desenvolvedores e prestadores de serviços, bem como para soluções de móveis e baseadas na nuvem. Para o Gartner, “isso é positivo para a CI & T, mas também cria um ambiente mais competitivo, especialmente no que diz respeito aos preços”.
ICTS
O ICTS, segundo o Gartner, é um negócio sólido que desenvolve, promove e vende serviços e soluções de tecnologia assistiva para melhorar a vida dos cidadãos brasileiros com deficiência.
O grupo trabalha com um amplo portfólio de soluções e serviços chamados Rybená, que incluem dispositivos de tradução de texto para voz e texto para imagens em Libras, a linguagem brasileira de sinais.
O relatório considera a empresa conhecida no meio público, mas acredita que é necessário investimento para divulgar o nome entre as companhias privadas. Para isso, o documento afirma que a empresa precisa aumentar seu poder financeiro.
KRYPTUS
Desde a notícia que revelou espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA sobre o governo brasileiro, o Gartner considera que produtos e soluções desenvolvidos e fabricados dentro do Brasil ganharam um papel importante na agenda do governo.
A Kryptus, fundada em 2003, oferece uma variedade soluções baseadas em software e hardware, desde semicondutores a sistemas de gerenciamento de certificados digitais complexos.
É uma das poucas empresas que tem desenvolvido seu próprio hardware criptográfico a partir do zero no Brasil.
O documento do Gartner diz que “tudo parece estar indo na direção certa no plano de desenvolvimento da Kryptus, mas o fornecedor precisa crescer rapidamente para manter uma quota de mercado significativa no Brasil e competir de forma eficaz dentro do país e no exterior”.