O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou na quarta-feira, 19, uma alta de 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juros da economia do país.
Segundo a agência de notícias Reuters, a elevação da Selic, de 10,75% para 11,25% ao ano, terá impacto sobre as taxas cobradas de consumidores e de empresas.
A medida já era esperada pelo mercado, desde que o Banco Central adotou um discurso mais ativo de combate à inflação, que há meses vem sendo pressionada pela alta das commodities, especialmente em relação aos produtos alimentícios.
A partir desse ajuste, as operações de créditos em bancos e financeiras ficarão mais caras, além da taxa de juros média do crédito direto ao consumidor subir de 32,92% para 33,55% ao ano.
Já o empréstimo pessoal ará de 74,92% para 75,72% ao ano, com possíveis alterações de juros médios de 201,74% para 203,06% anuais.
Apesar do ajuste, a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, istração e Contabilidade acredita que os prejuízos não serão expressivos.
“O efeito será pequeno, pois existe um deslocamento muito abrangente entre a taxa Selic e as taxas cobradas ao consumidor e às empresas”, afirma a associação.
De acordo com a agência Reuters, a partir da medida, o Brasil amplia a tendência de países emergentes em forte crescimento econômico que estão recorrendo ao aumento de juros para frear a alta de preços.