
Torcida do Corinthians. Foto: flickr.com/photos/percursodacultura
O Corinthians acaba de lançar a +Smartimão, uma operadora móvel virtual (MVNO, na sigla em inglês), operacionalizada pela Movttel, empresa do ramo que é sócia da Mais AD, operadora virtual da igreja Assembleia de Deus.
Uma MVNO usa a rede de outras operadoras e compra minutos, SMS e dados no atacado, recebendo desconto em relação ao preço médio do varejo, onde geralmente atua buscando um nicho particular de compradores.
No caso da Movttel, a infraestrutura de rede é da Vivo. O nicho da +Smartimão é fácil de adivinhar: com 30 milhões de torcedores, o Corinthians tem a segunda maior torcida do país, atrás somente do Flamengo.
No caso do chamado “chip da fiel”, a ideia é criar diferenciação através de conteúdo exclusivo sobre o Corinthians, incluindo transmissão ao vivo, entrevistas nos bastidores, bate-papo com os jogadores e promoções.
“Utilizamos novas tecnologias para proporcionar aos fãs do Corinthians uma experiência única no Brasil”, destaca Aline Storchi, CEO da Movttel.
A estratégia de conteúdo é comum: na Mais AD, os clientes podem fazer pedidos de oração e localização de igrejas.
Com os contratos com a fiel torcida corinthiana e os fiéis evangélicos a Movttel se consolida como um player importante no mercado de MVNOs brasileiros.
A empresa tem entre seus sócios Ricardo Knoepfelmacher, ex-CEO da Brasil Telecom.
Outros players de olho no mercado são os Correios, operadora pela Surf Telecom com rede da TIM e foco na classe C e D e a Veek, também focada em público C e D, com o diferencial de apostar numa estratégia de marketing multinível.
O agito não é à toa: segundo o 5G Americas, o mercado global de MVNO faturará entre U$ 70 bilhões e 90 bilhões em 2023.
Atualmente, o alcance das linhas MVNO é de menos de 1% no Brasil. Na Colômbia, que lidera o segmento na América Latina, o índice fica em 6%.