
Os Correios farão um reajuste no frete de encomendas a partir do dia 6 de março. Foto: Divulgação.
Os Correios farão um reajuste no frete de encomendas a partir do dia 6 de março. De acordo com a empresa, o aumento será de, em média, 8%.
A organização também terá mais uma mudança em relação aos envios para a cidade do Rio de Janeiro, que terão a incidência de uma "cobrança emergencial" de R$ 3 devido à violência que “põe em risco a logística de entrega de encomendas na capital carioca”.
O valor extra poderá ser suspenso a qualquer momento pelos Correios, assim que a empresa considerar que a situação de violência foi controlada.
De acordo com os Correios, a média do aumento será de 8% para os objetos postados entre capitais e nos âmbitos local e estadual, que representam a grande maioria das postagens realizadas nos Correios.
Já o Mercado Livre, que terá suas entregas afetadas pela mudança, afirma que o aumento médio do frete será de 29%.
Leandro Soares, diretor do programa Mercado Envios, afirmou à Gazeta do Povo que a empresa notou valores diferentes na última tabela de custos enviada pelos Correios a varejistas e os comparou aos antigos para chegar ao valor diferente do apresentado.
Assim, o Mercado Livre lançou uma campanha online para protestar contra a decisão, divulgando em redes sociais a hashtag #FreteAbusivoNão.
O Mercado Livre afirma que o reajuste faria o frete brasileiro ser 42% mais caro do que o da Argentina, 160% maior que o cobrado no México e 282% superior ao da Colômbia.
Já os Correios contestam a comparação.
“O maior dos países citados - a Argentina - tem cerca de um terço da extensão territorial do Brasil e 40% de toda a sua população concentrada na região metropolitana de Buenos Aires. [...]. A Colômbia é cerca de seis vezes menor que o Brasil. Os desafios de transporte em um país com dimensões continentais são muito maiores e os custos para manter a presença dos Correios em todo o território nacional são altíssimos”, afirma a organização, em nota.
Na tarde desta quarta-feira, 28, a Netshoes também aderiu à campanha lançada pelo Mercado Livre.
“O reajuste vai na contramão da recuperação da economia e do desenvolvimento do comércio eletrônico no país, impactando de forma direta o bolso dos consumidores”, afirma a companhia de e-commerce esportivo.