
Usina da CTG no Brasil. Foto: Divulgação.
A CTG Brasil, operação brasileira da gigante chinesa de energia, vai começar em outubro a segunda fase de um grande projeto SAP, com a implementação do software de gestão de RH SuccessFactors e da solução de gestão de terceirizados Fieldglass, além do software de e-procurement Ariba.
Com a nova fase, a SAP coloca a cereja no bolo (ou as cerejas) do que já foi uma implementação pioneira do setor elétrico do ERP S/4 Hana, com um projeto iniciado em 2020 pela T-Systems e que teve o go live em julho.
O projeto contemplou a migração e integração de backoffice no S/4 Hana e um conjunto de soluções satélites, como os módulos de faturamento, de gestão e segurança de controle de os, solução Fiscal SAP TDF, SAP BPC (SAP Business Planning & Consolidation) e SAP Analytics Cloud
Foram integradas também as demandas de manutenção das 14 usinas hidrelétricas da CTG em um único sistema, substituindo os três que eram utilizados anteriormente para essa finalidade.
Implementado entre ondas de trabalho remoto e presencial, o projeto contemplou mais de 165 mil horas de atividades e mais de 100 pessoas envolvidas diretamente.
“Crescemos rápido no país e por meio de aquisições, por isso utilizávamos sistemas diferentes e tínhamos informações em duplicidade, com a necessidade de repetir o processo em diversas ferramentas para concluir uma atividade. Hoje, tudo está integrado no SAP S/4 Hana”, afirma o diretor de Tecnologia da Informação da empresa, Flaviano Sousa.
A China Three Gorges Corporation (CTG) é dona da usina hidrelétrica Três Gargantas, atualmente a maior do mundo, com capacidade instalada 60% maior do que Itaipu.
A empresa está no Brasil há sete anos e já é o segundo maior grupo privado de geração de energia no país, com investimentos em 17 usinas hidrelétricas e 11 parques eólicos, com capacidade instalada total de 8,3 GW.
“O projeto com a CTG Brasil mostra o quanto a profissionalização do backoffice, em especial com a integração de dados de operações distintas como é o caso da empresa, traz eficiência e uma visão holística”, resume Fernando Santana, head de Utilities e Serviços Públicos da SAP Brasil.
Na nota divulgada sobre o projeto, a SAP não chega a abrir quais foram os softwares que saíram de cena, o que é padrão nesse tipo de divulgação.
A decisão de migrar tudo para a SAP não surpreende. Os produtos da multinacional alemã são quase a solução padrão quando o assunto são utilities do setor elétrico no Brasil, com uma participação de mercado que pelas próprias contas chega a 80%.