
O melhor jeito de comprar uma viagem? Foto: Divulgação.
A CVC, maior agência de viagens do Brasil, tem um plano simples para recuperar o negócio: voltar a fazer as coisas como antes, com mais atendimento presencial, e menos digital.
Segundo revela uma matéria do Neofeed, a operadora de viagens quer voltar a ser um negócio simples, com lojas nas quais os clientes recebem suas agens impressas e tem o a pacotes exclusivos.
No processo, a empresa quer se livrar de uma dessas siglas de três letras com as quais tudo se explica no mundo de tecnologia: OTA, acrônimo em inglês para “agência de viagens online”.
Exemplos de OTAs são sites como a Decolar e Booking, por exemplo, nos quais o cliente pesquisa e compra suas agens e hospedagens sozinho e o foco é oferecer o menor preço possível.
Um símbolo da nova fase é a Submarino Viagens, adquirida por R$ 80 milhões em 2015, e marcada recentemente no balanço da CVC como um “write off”, que é uma maneira elegante dos contadores dizerem que ativo já não vale nada.
“Não somos uma empresa de tecnologia como uma OTA. Somos uma empresa de turismo, para quem vai investir no mercado de férias, de experiência”, disse ao Neofeed o novo CEO da CVC, Fabio Godinho, um executivo experiente e velho conhecido da família fundadora.
Para Godinho, a decisão significa deixar a disputa de mercado pela cotação do menor preço, com a CVC focando apenas na criação de valor por meio de pacotes e destinos exclusivos.
Na visão da gestão da CVC, esses produtos estratégicos diferenciam a operadora pela baixa comparabilidade com os concorrentes.
No fim do terceiro trimestre, a CVC contava com 1.088 lojas. Até o fim deste ano, a meta é acrescentar 27 novas unidades e totalizar 60 inaugurações no segundo semestre de 2023. A projeção é que a empresa volte a ter 1.400 pontos-de-venda (o mesmo número pré-pandemia) em um curto espaço de tempo.