EFEITO DOMINÓ

MaxMilhas pede recuperação judicial c3p5u

Empresa ligada à 123Milhas possui dívida de R$ 226 milhões. 501mh

25 de setembro de 2023 - 12:17
Caso da 123Milhas está em efeito dominó. Foto: Depositphotos

Caso da 123Milhas está em efeito dominó. Foto: Depositphotos

A MaxMilhas, empresa de compra de milhas aéreas, pediu para ser incluída no pedido de recuperação judicial da 123Milhas, alegando possuir uma dívida de R$ 226 milhões.

Segundo a empresa, o pedido é justificado pelos efeitos sentidos no mercado de turismo on-line "decorrentes da reestruturação da 123Milhas”.

“Ainda que a MaxMilhas tenha uma operação independente, o mercado de agências de turismo on-line tem sido bastante impactado, o que vem dificultando significativamente a capacidade financeira da Maxmilhas”, afirma a companhia em nota.

Em janeiro, as duas empresas anunciaram que estavam prestes a anunciar uma fusão. Juntas, se tornariam a maior agência de viagens on-line (OTA, na sigla em inglês) do Brasil, ultraando a Decolar.

Conforme o portal Startups, a MaxMilhas negou que tivesse algo a ver com a polêmica da 123Milhas. Quando o assunto estava em alta, alegou que possuía investidores em comum, mas operava separadamente.

Após realizar o pedido de recuperação judicial, a MaxMilhas afirmou que não possui nenhuma pendência trabalhista entre as dívidas e que não terá suspensão de produtos, cancelamento de agens ou reservas de hospedagens.

O CASO 123MILHAS

Em agosto deste ano, a 123Milhas entrou com um pedido de recuperação judicial de R$ 2,309 bilhões para ficar protegida por 180 dias de medidas de execução de suas dívidas.

O pedido aconteceu após a empresa suspender a emissão de agens da linha promocional com embarques previstos entre setembro e dezembro deste ano.

A recuperação judicial também se estendeu a outras marcas que pertencem aos mesmos donos da companhia, como a HotMilhas, que atendia 90% das operações da 123Milhas, e a Novum.

Um dia antes do pedido de recuperação judicial, a empresa demitiu mais de 200 funcionários em "um plano de reestruturação interna".

O número de demissões não foi confirmado pela companhia, mas uma lista de layoff que circula nas redes sociais já confirma pelo menos 204 demitidos em áreas como  tecnologia, produto, CRM e experiência do usuário.

Também no mês de agosto, a Comissão Parlamentar de Inquérito (I) das Pirâmides Financeiras aprovou a quebra de sigilo bancário e fiscal da 123Milhas.

Segundo a Câmara dos Deputados, também foram aprovados requerimentos para a realização de audiências públicas sobre a empresa na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle; na Comissão de Defesa do Consumidor; e na Comissão de Viação e Transportes.

Na última quarta-feira, 20, a Justiça atendeu um pedido do Banco do Brasil e suspendeu provisoriamente a recuperação judicial da 123Milhas.

Conforme o banco credor da empresa, os documentos presentes no pedido "não observaram as prescrições legais aplicáveis, que asseguram aos credores, stakeholders, Ministério Público e demais interessados na RJ o conhecimento necessário e suficiente das informações gerenciais, econômicas e financeiras da empresa”.

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