Doom marcou época.
O Doom, um dos pioneiros entre os jogos de tiro em primeira pessoa, foi o pontapé inicial de muitas carreiras na área de TI.
Pelo menos, é a opinião dos criadores do game, que falaram sobre o assunto em um evento comemorativo dos 30 anos do lançamento do Doom.
De acordo com John Romero e John Carmack, o fato do jogo poder ser disputado em modo multijogador por meio de uma rede de computadores foi um estímulo para muitos jovens (e nem tão jovens) adquirirem os conhecimentos necessários para fazer isso acontecer.
“Um monte de pessoas viraram o cara de redes no seu escritório por causa do Doom. Outros tiveram que inventar uma justificativa para criar uma rede no trabalho”, brincou Carmack.
Mesmo hoje, décadas depois do lançamento, o Doom segue tendo desdobramentos técnicos interessantes, por uma característica do seu código conhecido por rodar em qualquer coisa.
Uma lista do GamesRadar mostra o jogo funcionando em aparelhos como Apple Watch, uma impressora, uma câmera digital da Kodak de 1998 e até em um caixa eletrônico.
Em fevereiro, o grupo hacker brasileiro CCESS revelou que conseguiu rodar o jogo em um site da NASA.
PS. O autor dessas linhas tinha 12 anos em 1993, sendo muito jovem para configurar uma rede local, mas ainda se lembra bem da excitação produzida por uma pilha de disquetes de 3 1/4 com uma cópia pirata do jogo e do longo processo necessário para instalar o mesmo em um computador 386.
Maurício Renner 5wt6n
Editor at Baguete Diário