
O governo negocia a remuneração pelo uso das redes de fibras óticas de estatais do setor elétrico, e da Petrobras, para o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
Rogério Santanna, presidente da Telebrás, estatal responsável pelo projeto, está envolvido nas negociações, ao lado dos ministros de Comunicações, Paulo Bernardo, e de Minas e Energia, Edison Lobão.
Segundo o site Convergência Digital, os convênios que serão assinados entre as empresas públicas e dizem respeito a cerca de 30 mil km de fibras do backbone do PNBL.
Os documentos estão em fase de preparação.
“A orientação da presidenta é que a Telebrás tenha condição de assumir e usar essas redes de fibras óticas. Evidentemente temos que fazer uma tratativa para remunerar essas empresas. Acho que até abril nós conseguimos resolver”, diz o ministro das Comunicações.
Segundo o ministro, uma segunda etapa envolverá negociações com governadores para que o mesmo tipo de convênio seja firmado com empresas estaduais de energia.
"O que queremos garantir é o uso pleno de todas as redes disponíveis do governo nas elétricas federais e estaduais", afirmou Paulo Bernardo.
A intenção depende de uma negociação com os governos estaduais e prefeituras, que em diversos casos são sócios das distribuidoras locais de energia elétrica. Essa negociação ainda não tem data para começar.
Segundo o site TI Inside, a participação das grandes empresas de energia elétrica estatais no PNBL é um dos pontos-chave do projeto. A ideia é que a Telebrás gerencie, além da rede da Eletronet, as fibras ópticas da Petrobras, Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrobrás.
Os convênios para a cessão das redes à Telebrás, disse o ministro Bernardo, devem ser firmados até abril deste ano, quando já deverá estar acertada a forma de remuneração das elétricas.
Já existe um termo de cooperação técnica, por exemplo, entre o Prodest e a Telebras visando a integração da infraestrutura de banda larga do governo do Espírito Santo com a estatal.
O acordo faz parte do PNBL e prevê interligação da União à Rede Metrovix. Com uma velocidade mínima de 1 gigabyte por segundo, essa estrutura, orçada em R$ 9,77 milhões, possui 55 km de extensão e deverá estar em pleno funcionamento no primeiro trimestre de 2011.