
Fábrica da Eliane. Foto: Divulgação.
A Eliane, empresa catarinense que é uma das maiores no segmento de revestimentos cerâmicos, teve 100% das ações vendidas para o grupo norte-americano Mohawk Industries.
Não foi revelado o valor do negócio, anunciado nesta sexta-feira, 19.
O Mohawk é um gigante global do setor, com faturamento bruto de US$ 3,4 bilhões e operações na Austrália, Europa, Malásia, México, Nova Zelândia e Rússia.
Já a Eliane tem um faturamento de R$ 940 milhões, 87% do qual vem do mercado nacional.
Até então, os acionistas eram a família Gaidzinski, fundadora da empresa, e a Kinea, gestora de fundo de investimentos do Itaú que entrou no negócio em 2015.
Em nota, a Eliane afirma que a atual equipe gestora da companhia será mantida.
Essa é a prática em negócios desse tipo, pelo menos durante um período de transição até que o novo comprador assuma totalmente as rédeas.
No médio prazo também pode haver uma movimentação a nível de sistemas, visando maior integração.
A Eliane usa um sistema de desenvolvimento interno. Já a Mohawk Industries é usuária de sistemas da SAP, tendo acabado de migrar para o Hana, a última versão do ERP da multinacional alemã.
A venda da Eliane ocorre seis anos depois de a família Freitas, da Cecrisa, outra indústria de revestimentos do Sul de Santa Catarina, ter vendido 70% do capital para o fundo Vinci Partners.
Segue independente a Portobello, de Tijucas, outra grande empresa de revestimentos do Brasil, da família Gomes, optou por ampliar investimentos após a suspensão da fusão com a Eliane, anunciada em 2011.