
General Augusto Heleno, ministro do GSI. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou com um pé atrás e dispensou a infraestrutura de tecnologia montada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
Segundo revela o jornal brasiliense O Tempo, 40 agentes ligados ao GSI montaram uma rede informática que seria usada, chegando a oferecer laptops, celulares e conexão à internet aos responsáveis.
Ao serem questionados, a equipe do GSI afirmou que estava ali para ajudar no esquema de proteção, mas foram embora nesta segunda-feira, 7, após os responsáveis pela segurança de Lula informarem que a permanência deles não era necessária.
A GSI, vale lembrar, é controlada pelo general Augusto Heleno, um militar fiel ao presidente Jair Bolsonaro (PL), e responsável, entre outras coisas, pela segurança da informação na alta esfera do governo federal.
Muito provavelmente, a equipe de transição de Lula desconfiou que a infra poderia estar grampeada pelo GSI.
No último domingo, Heleno chegou a dizer a bolsonaristas que "infelizmente" Lula não está doente, chamando-o de "cachaceiro", após uma notícia falsa circular dizendo que o petista estaria internado.
Conforme os seguranças da equipe de Lula, ouvidos pelo O Tempo, a atual GSI não participa da segurança do presidente eleito. Sua atuação na nova gestão só inicia em 1º de janeiro, com um novo chefe, escolhido pelo novo presidente.