
Ericsson planeja cortar US$ 1,2 bilhão em custos com um programa que inclui redução de pessoal.
A Ericsson, maior fabricante de redes sem fio, planeja cortar US$ 1,2 bilhão em custos com um programa que inclui redução de pessoal para aumentar o lucro.
Entre as outras medidas estão racionalizar o portfólio de produtos e a cadeia de suprimentos da empresa, reduzindo os custos indiretos.
A empresa não divulgou o número de funcionários que pretende demitir. No fim de setembro, a empresa relatou que tinha 117.508 trabalhadores. O plano é que a economia gere efeitos em 2017.
"Os principais componentes do nosso plano de melhoria do lucro são fortalecer o core business, concentrar esforços em áreas específicas e, ao mesmo tempo, continuar a melhorar o nosso fluxo de caixa", disse Jan Frykhammar, diretor financeiro da Ericsson, ao The Wall Street Journal.
De acordo com o executivo, a Ericsson esperava que os custos operacionais atingissem o pico neste ano, mas que agora a empresa acredita que pode fazer mais para aumentar a eficiência e reduzir os custos.
A Ericsson é a maior fornecedora mundial de tecnologia de rede móvel, produzindo antenas e estações radiobase (ERBs) para operadoras de telefonia móvel.
Com o aumento do uso de smartphones e outros dispositivos, os clientes da empresa se depararam com uma crescente demanda por mais velocidades no tráfego de dados móveis.
No entanto, a tecnologia de rádio tornou-se uma commodity, abrindo a porta para concorrentes de baixo custo da China, o que coloca pressão nos fabricantes tradicionais de equipamentos de telecomunicações.
Diante disso, a Ericsson ou a concentrar o foco no fornecimento de serviços e software que as operadoras de telecomunicações usam para istrar e operar suas redes.
Em um briefing com investidores, a fabricante sueca disse que está confiante que pode ganhar participação de mercado, crescendo mais rápido do que o mercado global.
Estimativas da própria empresa indicam que o mercado de rede móvel deve crescer entre 3% e 5% ao ano até 2017, enquanto o mercado total de equipamentos de rede deve expandir entre 2% e 4%.
Já a indústria de serviços de telecomunicações deve crescer entre 4% e 6% e o mercado de sistemas de apoio, aumentar entre 7% e 9%.