
Diego Araújo, CEO da Galileu. Foto: divulgação.
Diego Araújo e Décio Santos ex-CEOs da Economatica, companhia tradicional de análise de dados sobre fundos de investimentos financeiros, acabam de fundar uma empresa de processamento e análise de dados.
Conforme o site Brazil Journal, o novo negócio foi batizado de Galileu e terá foco em projetos personalizados ao invés de uma plataforma única e commoditizada de informações.
Araújo tem mais de 20 anos de experiência no setor financeiro, tendo ado por empresas como Itaú, GE Capital e Banco Alfa. O executivo era CEO da Economatica até outubro de 2023, depois de quase dois anos na companhia.
Já Santos estava na empresa desde 2005. Com um perfil mais técnico, ou por cargos como analista programador, arquiteto de software, coordenador de projeto de TI e CTO, além de ter acumulado o cargo de CEO após a saída de Araújo.
Com a Galileu, a dupla deve começar desenvolvendo análises preditivas do agronegócio utilizando imagens de satélite e ferramentas de inteligência artificial.
O foco é em empresas financeiras que concedem crédito para o setor. Para elas, essas informações contribuem nas decisões sobre concessão de financiamentos e negociação de títulos de crédito.
“Acreditamos que teremos um diferencial nessa área. Há 200 agritechs no país, mas nenhuma trabalha nesse segmento”, destaca Décio Santos, CTO da Galileu.
Outra frente de negócio será oferecer bases de dados amplas para fundos quantitativos do Brasil e do exterior.
“Percebemos que existe uma demanda enorme de dados. Os modelos deles precisam da maior quantidade possível de informação – e quanto mais diferente melhor, porque eles trabalham com ativos não correlacionados,” explica Santos.
Além disso, a empresa vê a oportunidade de prestar serviços de dados terceirizados para os bancos. Os dados, brutos ou customizados, poderão ser ados diretamente por APIs, sem necessidade de terminais específicos.
Atualmente, o único funcionário listado pela Galileu no LinkedIn é um engenheiro de software também vindo da Economatica. De acordo com o BJ, outros executivos que aram pela companhia tradicional ainda devem se juntar à Galileu.
Fundada em 1986, a Economatica foi comprada pelo Traders Club em 2021 por R$ 42 milhões em um dos principais investimentos da empresa depois de seu IPO. No ano ado, seu faturamento alcançou R$ 30 milhões e a margem subiu para 35%.
Apesar dos bons números, a publicação aponta que as trocas de comando têm sido recorrentes. Santos teria sido o terceiro CEO em três anos.