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Facily está em apuros 376v1z

Dinheiro secou. Startup de Diego Dzodan apertou muito o cinto e tem futuro incerto. 3n411f

17 de abril de 2023 - 09:11
Diego Dzodan, CEO da Facily. Foto: Divulgação.

Diego Dzodan, CEO da Facily. Foto: Divulgação.

A Facily, uma startup de social commerce em destaque nos últimos anos, esteve muito perto de ter que fechar as portas em 2022, só tendo sobrevivido por uma série de medidas radicais.

Fundada em 2018, a Facily tem entre os seus criadores Diego Dzodan, um executivo que fez carreira na área de TI, tendo sido inclusive country manager da SAP no Brasil entre 2012 e 2013.

A Facily permite a compra em grupos de produtos com descontos, uma proposição que atraiu nada menos que US$ 502 milhões de investidores do peso da Tiger Global, além das gestoras brasileiras Canary, Bossanova Investimentos e Monashees.

Entre janeiro e outubro de 2021, o número de usuários na plataforma saltou de algumas centenas de consumidores para 7,1 milhões, atingindo 15 milhões no pico. 

O crescimento não foi lá muito ordenado. O Facily foi recordista em reclamações do Procon com mais de 150 mil queixas em 2021.

Segundo revela o Neofeed, a empresa quase foi a pique no começo de 2022, quando os investidores começaram a ficar mais reticentes e a companhia ficou sem capital. 

Conforme o Neofeed apurou, o volume de vendas totais da Facily, que chegou a ficar em R$ 30 milhões mensais, caiu 90%. A empresa cortou 80% da equipe, indo de 1 mil funcionários para 200, e ficou focada só no estado de São Paulo.

Com isso, a empresa conseguiu reduzir a queima de caixa de US$ 30 milhões por mês para aproximadamente US$ 2,5 milhões por mês. 

Algumas fontes ouvidas pelo Neofeed não apostam muito no futuro da Facily, classificando, que teria se tornado uma “companhia zumbi” e um “provável write-off”, o jargão de investidores para dinheiro perdido. 

Dzodan falou com o Neofeed. Sem comentar os dados levantados pelo site, o CEO da Facily disse que a coisa realmente está feia. 

“Quando você projeta um crescimento baseado em o a capital e isso não acontece, você gasta mais dinheiro do que tem”, diz Dzodan. “Se a Facily não tivesse ajustado as despesas, dinheiro em caixa não teria sido o suficiente”, resume. 

Fontes relataram ao NeoFeed que, com os ajustes, a companhia agora tem entre um ano e dois anos de runway (o tempo que falta para o capital acabar). 

Outras empresas que tinham o mesmo modelo já desistiram. A peruana Favo deixou o país em junho do ano ado e a colombiana Muni Tienda em novembro. 

Elas tinham menos dinheiro que a Facily, tendo levantado juntas US$ 50 milhões, de acordo com o Cruchbase.

A avaliação das fontes ouvidas pelo Neofeed é que esse deve ser o destino da Facility mais cedo ou mais tarde, criando uma situacao cujas consequências vão além da própria startup. 

“A Facily trouxe muitos fundos internacionais de growth para investir nela. E, com o resultado que apresenta, muitos fundos vão deixar de olhar para o Brasil. É muito ruim para o ecossistema brasileiro”, desabafou um investidor para o Neofeed.

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