
A alocação do espectro de 700 MHz para a telefonia móvel pode injetar quase US$ 15 bilhões na economia da América Latina.
O dado é de um estudo da Telecom Advisory Services LLC (TAS), encomendado pelas entidades GSMA e Ahciet, das quais operadoras como Claro e Telecom Itália, controladora da TIM, fazer parte.
Mais dinheiro e conexão
Os US$ 15 bilhões seriam aplicados na implantação de serviços de comunicações móveis e na expansão da cobertura de banda larga móvel para aproximadamente 93% da população na região.
Hoje, o espectro de dividendo digital é alocado para transmissões de TV. Segundo o estudo, por causa da transição da TV analógica para a digital, o espectro tem agora uma capacidade ociosa significativa.
Caso a faixa continue reservada para TV, a previsão de receitas é de US$ 3,5 bilhões.
Somente Argentina, Brasil, Colômbia, México e Peru ganhariam, juntos, quase US$ 11 bilhões na economia com a disponibilização do espectro. Já caso a faixa continue reservada para teledifusão, serão apenas cerca de US$ 3 bilhões para o grupo.
700 MHz ou 250 MHz?
Apesar das vantagens, os 700 MHz ainda não estão na mesa, ao menos no Brasil, onde a migração da TV analógica para a digital deve estar completa somente em 2016.
Já os 250 MHz, espectro para o 4G, são atualmente motivo de discussão entre as operadoras. De um lado, a TIM, defendendo que se espere pelo espectro de 700 MHz, e se engavete os 250 MHz. Do outro, a Claro, querendo os 250 MHz leiloados dentro do prazo normal – 2012.