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Para Bill Gates, usuários de iPad sentem falta do Office. Foto: divulgação.
A falta de teclado e a falta do Office no iPad é o começo do fim para a Apple e o ponto pelo qual a Microsoft pode virar o jogo nos tablets. Essa é a opinião de Bill Gates, co-fundador da fabricante do Windows.
Para o executivo, tablets como o iPad e outros similares (Android?) "frustram" os usuários. Segundo Gates, nestes dispositivos não é possível digitar e criar documentos, pois não há o Office nestas plataformas.
"Com o Windows 8, a Microsoft está tentando ganhar uma fatia do mercado que tem sido dominado por aparelhos como o iPad. Estamos fornecendo a eles algo com os benefícios desta categoria sem desistirem do que eles esperam de um computador”, afirmou.
A declaração foi dada por Gates à rede de televisão CNBC, segundo destaca a Computerworld. Na entrevista, Gates apontou o Windows 8 e tablets como o Surface, que aliam telas sensíveis ao toque com teclados - uma espécie de hibridização entre os tablets e notebooks - como a solução do futuro.
“O Windows 8 é revolucionário no sentido que leva os benefícios do tablet e os benefícios do PC. Você tem a portabilidade do tablet, mas a riqueza em termos de teclado físico e do Office do PC”, observou.
Embora as declarações pareçam uma forma de vender o próprio peixe - os dispositivos com Windows 8 - elas também podem ser um indício para reforçar os rumores de que a Microsoft estaria preparando versões do Office para iOS e Android.
Segundo estimativas feitas pelo analista da Morgan Stanley, Adam Holt, a Microsoft poderia ter um rendimento adicional de cerca de US$ 2,5 bilhões com o lançamento do Office para iOS.
MERCADO
Embora ainda mantenha o primeiro lugar no mercado mundial de tablets, a Apple precisa ficar esperta para se manter no topo. Uma pesquisa da Strategy Analytics mostra que os tablets Android estão aumentando sua fatia da pizza, assim como a Microsoft e seus tablets baseados em Windows.
Os dispositivos Android chegaram a 17,6 milhões de unidades vendidas no primeiro trimestre, uma parcela de 43,4% do mercado, aumento de nove pontos percentuais em relação ao período no ano ado.
A entrada da Microsoft no mercado de dispositivos, tais como o Surface e Surface Pro, também teve um efeito perceptível.
Se há um ano a empresa de Redmond praticamente não tinha participação no mercado de tablets, no primeiro trimestre os dispositivos Windows já abocanharam 7,5% do mercado, com 3 milhões de unidades comercializadas.