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Isaac Sidney, presidente da Febraban. Foto: divulgação.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) vai investir R$ 1 milhão na primeira edição do seu recém lançado programa de aceleração de empresas, que contará com o apoio do Banco Central (BC) e da aceleradora Voe sem Asas.
Batizado de Meu Bolso em Dia Febraban, o programa será focado em projetos de educação financeira. Eles precisam ter potencial de ganho de escala, soluções inovadoras, abrangentes, inclusivas e gratuitas, ou sem custo adicional, para o consumidor.
Esta é a primeira vez que a Febraban realiza um programa como esse e as inscrições podem ser feitas até 9 de fevereiro de 2021 através do site da iniciativa.
Segundo a instituição, podem participar empresas brasileiras de pequeno e médio porte (PMEs) ou que se enquadram no Simples Nacional, além de Organizações Não Governamentais (ONGs) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips).
Os interessados devem ter desenvolvido projetos inovadores na área de educação financeira que tenham protótipos em estado avançado, com testes realizados com usuários ou projetos em estágio de ganho de escala.
Também é desejável que eles sejam direcionadas a públicos vulneráveis, como as populações idosa e de baixa renda, além dos superendividados. No entanto, são aceitáveis projetos que se destinem a pessoas que estão começando a guardar dinheiro e investidores com mais experiência.
Após o encerramento das inscrições, uma banca formada por representantes das áreas de educação e inovação da Febraban, do Banco Central, da Voe sem Asas e de algumas instituições financeiras irá escolher até 20 projetos que estejam alinhados com os objetivos do programa.
As iniciativas selecionadas arão pela primeira fase do processo seletivo, que terá duração de oito semanas.
Ao longo desse período, serão realizados workshops e sessões de mentoria, com objetivo de aprofundar o conhecimento das empresas sobre os desafios para a promoção da educação financeira, além de ajustes na forma como os projetos podem ajudar a enfrentá-los.
Ao término dessa etapa, haverá uma apresentação para a comissão julgadora, que escolherá até 10 organizações para continuar no programa.
A segunda fase do processo seletivo terá duração de cinco semanas, durante as quais as empresas irão elaborar o plano de negócio dos projetos.
Nesta etapa, elas irão detalhar o tipo de auxílio que precisam para que a iniciativa tenha alcance nacional, como aportes financeiros e conexão com outras entidades para formação de redes de apoio em todo o país.
Ao final desta fase, os participantes apresentarão seus projetos e os planos de negócio elaborados para uma comissão formada por executivos dos bancos, além de representantes das organizações que estão à frente do programa.
A comissão julgadora escolherá até cinco projetos que estejam aptos a receber o aporte financeiro e eles avançarão para a terceira fase de escalabilidade, quando devem desenvolver a solução visando o ganho de mercado e gerando valor aos usuários.
Nesta fase, as até cinco organizações continuarão com mentoria e acompanhamento adicional por 12 meses.
“Estamos felizes por iniciar mais essa jornada para ajudar as pessoas terem uma relação mais saudável com suas finanças. O uso adequado das finanças e do setor bancário é uma ferramenta poderosa na promoção do bem estar e na realização de sonhos e projetos”, destaca Isaac Sidney, presidente da Febraban.
Fundada em 1967, a Febraban conta com 119 instituições financeiras associadas, em um cenário de 155 em operação no Brasil. O grupo representa 98% dos ativos totais e 97% do patrimônio líquido das instituições bancárias brasileiras.