BLOCKCHAIN

Febraban vai de hyperledger Fabric 556r33

14 de junho de 2018 - 05:43
Blockchain é a bola da vez. Foto: Pixabay.

Blockchain é a bola da vez. Foto: Pixabay.

Os principais bancos e instituições financeiras do Brasil devem usar uma plataforma de blockchain baseada no Fabric, uma tecnologia de livros razão distribuídos (hyperledger, na palavra em inglês mais usada no jargão) que vem sendo desenvolvida pela IBM com parceiros.

A revelação foi feita pelo Adilson Fernandes da Conceição, coordenador do grupo de trabalho da Febraban em torno do assunto, e foi feita a jornalistas no congresso da entidade, o Ciab, realizado nesta semana em São Paulo.

Ainda não há um prazo definido para a adoção, no entanto. 

O grupo de trabalho Blockchain foi criado em agosto do ano ado, composto pelos membros da Comissão Executiva de Tecnologia e Automação Bancária (CNAB): Banco do Brasil, Bancoob, Banrisul, Bradesco, BTG Pactual, Caixa, Citibank, Itaú Unibanco, JP Morgan, Safra e Santander, além do Banco Central, da CIP, Ambima e da B3, empresa decorrente da fusão da Bovespa e Cetip.

Primeiro, foi testado no Itaú, Bradesco e B3 a plataforma Corda, usada pelo consórcio mundial R3, do qual participam majoritariamente grandes instituições financeiras espalhadas pelo mundo.

A R3 foi comparada com o Fabric, um dos “sabores” de tecnologia de livros razão distribuídos disponíveis sob o guarda chuva do Hyperledger, um projeto iniciado pela Linux Fundation com grande adesão de empresas de tecnologia, incluindo Red Hat, Cisco, Fujitsu, Hitachi, IBM, Intel e outras. 

“O fator decisivo foi a política  de preços final da plataforma de acordo com o modelo financeiro brasileiro", disse Conceição ao TI Inside. "No entanto, como o desenvolvimento de blockchain é dinâmico e novas soluções podem surgir no futuro, o grupo de trabalho continuará a avaliar possíveis alternativas", acrescenta o profissional.

Bancos são organizações com grande capacidade de investimento e um business case claro para adoção de blockchain.

No contexto geral, no entanto, a adoção da tecnologia não está sendo equivalente ao hype em torno do assunto.

Pelo menos, é o que aponta uma pesquisa recente do Gartner om 293 líderes de TI, de acordo com a qual só 1% dos pesquisados estão atualmente usando blockchain e só 8% tem planos de testar algo no curto prazo.

Cerca de um terço dos CIOs disseram que eles não tem interesse em blockchain e outros 43% disseram que não há planos, mas que a tecnologia estava no radar - provavelmente porque um dos 10 entre 10 fornecedores mencionados acima já mencionou o tema.

“Os resultados mostram que o estado de adoção do blockchain está massivamente over hypado”, resumiu para o The David Furlonger, um VP do Gartner.

Um blockchain é um banco de dados distribuído (ou open ledger, no jargão da área), no qual novos registros de transação estão linkados entre si por marcadores de tempo compartilhados. 

Cada bloco, ível por todos os participantes, contém o registro de uma série de transações. A lógica é que cada nova transação reforça a criptografia de todas as outras de tal forma que em tese seria impossível alterar os registros. 

A tecnologia ficou conhecida por ser a base do bitcoin, criptomoeda eletrônica que tem sido uma febre no setor financeiro nos últimos anos, mas o princípio pode ser utilizado numa série de sistemas financeiros ou qualquer outra situação que demande registros públicos confiáveis.

Tudo isso faz com que um projeto bem sucedido de blockchain exija compreensão de aspectos relacionados com segurança, legislação, governança descentralizada e processos, tudo isso aplicado ao negócio de uma empresa em particular.

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