
A Federasul, junto com Sindolojas Porto Alegre e CDL, vai colocar nos próximos dias 80 outdoors com a mensagem “Cais do Porto, o quando antes melhor” nas ruas de Porto Alegre.
A intenção das entidades é pressionar para que se destrave o processo de reformulação do antigo cais de Porto Alegre, totalmente desativado desde 2005.
O projeto está atualmente parado na burocracia do governo federal, que necessita transferir a propriedade do local para o governo estadual para que possa ser dado seguimento ao projeto.
Uma audiência está marcada na Câmara de Conciliação da Advocacia Geral da União (AGU) para discutir a liberação até o final do mês de uma iniciativa que já teve diversas versões e cuja discussão se arrasta pelo menos desde 1988.
O projeto de reforma do Cais do Porto, que prevê a adaptação dos antigos armazéns, a construção de três edifícios na área das docas, perto da atual Rodoviária, assim como de um shopping center cerca do Gasômetro, foi o tema do Tá na Mesa da Federasul desta quarta-feira, 13.
No aguardo de uma definição de Brasília, o prefeito José Fortunati e o ex-governador do Paraná, Jaime Lerner, dono de um dos escritórios de arquitetura responsável pelo projeto, preferiram não fazer maiores promessas.
“Nós já ouvimos que a liberação era iminente outras vezes”, reconheceu Fortunati, que apesar de tudo está otimista e já projeta a criação de uma comissão de trabalho com técnicos experientes no assunto formada por profissionais do governo estadual e municipal, liderada por Edemar Tutikian, coordenador do Gabinete de Assuntos Especiais (GAE), ligado ao gabinete do prefeito e que já dirigiu comissões ligadas à iniciativa.
Uma vez que a liberação seja obtida, será a vez de buscar os investidores que banquem os R$ 400 milhões de investimento previsto na obra.
Lerner e Fortunatti afirmaram que alguma parte da reforma, provavelmente a relacionada com a ocupação dos armazéns agora vazios, deve estar pronta para a Copa do Mundo de 2014.
Quem viver, verá.
Setor de TI desistiu
Independente de qual seja o futuro do Cais do Porto, uma coisa é certa. TI não será uma parte muito importante dele.
Entidades do setor, encabeçadas pela Assespro-RS, se mobilizaram até 2008 para que o projeto incluísse uma área exclusiva para companhias de tecnologia, nos moldes do que foi feito no Porto Digital de Recife.
Frente à pouca receptividade da istração pública e das diversas indas e vidas do projeto, as entidades acabaram abandonando a iniciativa.