
Problemas de segurança na Femsa. Foto: Depositphotos.
A Coca Cola Femsa, uma das maiores engarrafadoras da Coca Cola no mundo, sofreu um ataque cibernético, com consequências também no Brasil.
Em um comunicado enviado para a bolsa de valores do México nesta terça-feira, 25, a multinacional informou que está sob ataque e implementou seus protocolos de segurança, além de estar fazendo uma avaliação do tamanho do alcance do problema.
A comunicação com a bolsa de valores desse tipo de situações é uma obrigação de empresas de capital aberto.
“Enquanto se implementam essas medidas, a empresa espera continuar suas operações através de procedimentos de contingência e priorizará a proteção da integridade, confidencialidade e disponibilidade de sua informação”, aponta a nota.
No Brasil, a Femsa distribuiu o comunicado oficial apenas para clientes e parceiros.
A Femsa está presente no país desde 2003 e foi crescendo a base da compra de concorrentes.
Em 2013, levou a Companhia Fluminense de Refrigerantes por US$ 448 milhões e, por US$ 1,85 bilhão, a Spaipa, com sede em Curitiba, com atuação no mercado paranaense e paulista.
A maior tacada foi a gaúcha Vonpar, adquirida em 2016 por R$ 3,5 bilhões.
O grau do impacto do ataque na operação brasileira vai depender do quanto os sistemas da Femsa estão centralizados.
Quase uma década depois da última grande compra no país, é provável que a companhia já tenha avançado muito nesse aspecto.
A Coca-Cola Femsa produz e distribui Coca-Cola, Fanta, Sprite, Del Valle e outras bebidas de marcas da The Coca-Cola Company no México, Guatemala, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Brasil, Argentina e Filipinas.
No quarto trimestre de 2022, a empresa teve lucro líquido de 7,14 bilhões de pesos mexicanos (US$ 388,7 milhões), uma alta de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior.