
Frank Bisignano olhando o preço das ações. Foto: divulgação.
A First Data, maior empresa do mundo em serviços e tecnologias de pagamentos, estreou na Bolsa de Valores de Nova Iorque, na ultima quinta-feira, 15, levantando US$ 2,56 bilhões e emplacando o maior IPO realizado em 2015 nos Estados Unidos.
Apesar dos altos valores, com papeis negociados a US$ 16, o negócio não foi exatamente dos melhores para a desenvolvedora norte-americana, segundo apontaram analistas.
Segundo divulgado pela companhia no mês ado, o plano era ar dos US$ 3 bilhões com a venda e subir o valor de mercado da desenvolvedora para cerca de US$ 25 bilhões, número ainda abaixo dos US$ 27 bilhões pagos pelo fundo KKR para fechar o capital da empresa em 2007.
Listada sob o símbolo “FDC”, a multinacional tinha como expectativa vender suas ações por valores de US$ 18 a US$ 20. Entretanto, devido à baixa demanda, a empresa teve que baixar o valor para vender seu lote de 160 milhões de ações.
O Citigroup, o Morgan Stanley, BofA Merrill Lynch e a KKR foram os coordenadores da oferta pública de ações.
Mesmo com o revés, especialistas ainda esperam que a companhia posssa recuperar seu valor de mercado a longo prazo, se beneficiando do crescimento do e-commerce e ferramentas de pagamento eletrônico alimentando este mercado.
Além disso, o CEO da companhia, Frank Bisignano (ex-COO do banco JPMorgan Chase), é bastante respeitado no mercado, gerando confiança entre os investidores.
No Brasil, a empresa atua no segmento de pagamentos eletrônicos sob a marca Bin, lançada em 2014, além de prover a solução de processamento de pagamentos VisionPLUS, uma das mais utilizadas por bancos e processadoras em todo o mundo. Além disso, a empresa conta serviços de correspondentes não bancários e cartão presente pré-pago.
Recentemente, a First Data assinou parcerias comercias com o Banco do Estado de Sergipe (Banese) e o Bancos do Estado do Espírito Santo (Banestes), ampliando o número de bancos com os quais mantém acordos no Brasil.
Globalmente, a First Data atende aproximadamente seis milhões de estabelecimentos e 4 mil instituições financeiras, em 118 países ao redor do mundo, com um total de 23 mil colaboradores e US$ 1,9 trilhão de transações efetuadas por ano.