
Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis (Foto: Divulgação)
Florianópolis, capital de Santa Catarina, foi oficialmente reconhecida também como a capital nacional das startups pela Comissão de Educação e Cultura do Senado, perante sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta última segunda-feira, 2.
A sanção foi publicada no Diário Oficial da União na terça-feira, 3, e entrará oficialmente em vigor em 3 de outubro.
Hoje conhecida como o Vale do Silício brasileiro, a cidade é a maior em número de empresas de tecnologia por habitantes no Brasil, sendo referência em inovação e empreendedorismo.
”O ambiente de negócios em Florianópolis é extremamente favorável para o surgimento e a consolidação de startups. A cidade oferece uma série de incentivos fiscais e programas de apoio ao empreendedorismo, que facilitam o o ao crédito e reduzem os custos operacionais, permitindo que essas empresas invistam mais em pesquisa e desenvolvimento e menos em burocracia e impostos”, comenta o senador Esperidião Amin (PP-SC), relator da matéria na comissão e ex-governador de Santa Catarina.
O status da capital, no entanto, é uma herança de anos de investimentos. Tudo começou em 1960, com a criação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), dando início ao incentivo à tecnologia na região que mais tarde traria relevância mundial.
Ao longo dos anos, Floripa foi moldando instituições indispensáveis para o avanço da cidade, como a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) e a Fundação Certi, também voltada para o mercado.
Já nos anos 1990, as companhias aram a povoar a Rodovia SC-401, conhecida como a Rota da Inovação, em um espaço que liga o centro da cidade às praias, e, agora, conecta as principais empresas da capital.
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae-SC), no ano ado, a metrópole já reunia 881 startups, cerca de 45% do total de empresas sediadas no estado inteiro.
Em 2022, por outro lado, um mapeamento da Associação Brasileira de Startups (ABStartups) em conjunto com a Accenture, indicou que o ecossistema de inovação do estado gerou 67 mil empregos.
Além disso, as empresas sediadas na metrópole trazem um faturamento de mais de R$ 5 bilhões, segundo estima a Acate.