
O ano de 2016 registrou 740 fusões e aquisições. Foto: Pixabay.
O ano de 2016 registrou 740 fusões e aquisições, o menor resultado da década. De acordo com a pesquisa realizada pela KPMG, o recuo foi de 4% em relação ao ano ado.
“De forma geral, o resultado de 2016 reflete uma maior cautela por parte dos compradores estrangeiros no ambiente de incertezas e redução da atividade econômica em diversos segmentos de indústria brasileira”, afirma o sócio da KPMG e líder para o setor de assessoria em fusões e aquisições, Luis Motta
No entanto, a pesquisa aponta um crescimento de transações domésticas da ordem de 11,5% em relação a 2015.
“Outro dado que chamou bastante atenção foi o número de 35 transações de empresas brasileiras vendendo operações no exterior, aumento de 133% em relação a 2015, além de ser o maior número observado desde 1994, quando nossa pesquisa teve início”, destaca Motta.
Para ele, parte dessas transações pode ser decorrente da necessidade dessas empresas em reforçar o seu caixa para fazer frente a um ambiente de menor o ao crédito no mercado local.
O último trimestre do ano apresentou recuperação em relação ao período anterior, com um crescimento de 32%.
“Isso pode ser decorrente, parcialmente, de negócios que tenham se desenvolvido de forma mais cautelosa e lenta em 2016 devido ao atual contexto de incertezas”, analisa o sócio da KPMG.
Dentre os setores, o destaque em 2016 permaneceu nas transações realizadas pelas empresas de tecnologia da informação (104) e de internet (74).
Além desses, serviços para empresas (64), instituições financeiras (50), alimentos, bebidas e tabaco (46), empresas de energia (32) e hospitais e laboratórios de análises clínicas (31) também foram segmentos que mantiveram o mercado aquecido.