
Visitantes na última edição da Futurecom, Foto: divulgação.
A Futurecom, feira focada no setor de telecomunicações que está entre os maiores eventos de tecnologia do país, deu uma virada na sua programação, ando a incluir cinco novos congressos, focados nos segmentos de pagamentos, governo, judiciário, segurança e tecnologia.
A nova formatação é obra da Informa, que no ano ado adquiriu a Futurecom. O grupo britânico gastou R$ 400 milhões no Brasil em aquisições de eventos, marcas e títulos no segmento de exposições e feiras de negócios, nos últimos anos.
Junto com o CIAB, focado no setor de bancos, a Futurecom é a feira de tecnologia mais importante do país, acontecendo desde 1998, logo após a liberalização do mercado de telecomunicações. A feira acontece entre 28 a 31 de outubro em São Paulo.
No primeiro lote, o ingresso para visitantes da feira normal sai no primeiro lote por R$ 350. Os novos congressos paralelos, no entanto, serão bem mais caros, indo desde R$ 995 até R$ 4.250.
Em 2018, o Futurecom registrou a presença de 29 mil visitantes, com mais de 250 marcas expositoras.
“Queremos superar este número em 2019, ampliando a discussão para temas cada vez mais relevantes na nova economia”, explica Hermano Pinto, diretor do Futurecom.
Pode haver mais em jogo para a Futurecom, no entanto. Embora o número de visitantes siga crescendo, não se sabe como está o faturamento gerados pelos expositores, que é de onde vem o dinheiro de verdade. Em 2016, por exemplo, as operadoras de telecom decidiram se unir em um grande stand na feira, no lugar de bancar cada uma ou seu espaço separado.
A economia brasileira está em um estado combalido, mas o negócio de feiras de tecnologia está ando por um momento desafiador em nível mundial, devido à tendências de fundo que tornam atrair patrocinadores para esse tipo de eventos algo muito mais complicado do que já foi.
Um exemplo chamativo é o da Cebit, feira alemã que estava entre as maiores do mundo na área de tecnologia. Depois de 33 anos, a edição de 2019 foi cancelada e o evento eliminado do calendário pela Deutsche Messe, gigante mundial de feiras.