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Gerdau fez mais uma grande mudança na TI.
A Gerdau contratou a Wipro para fazer o seu service desk no lugar da Stefanini.
A companhia brasileira, no entanto, segue como fornecedora de e de nível 2 e 3 para as aplicações.
As informações são de fontes de mercado ouvidas pelo Baguete e foram confirmadas pela Gerdau por meio da sua assessoria de imprensa. Stefanini e Wipro preferiram não comentar o assunto.
Normalmente, as empresas dividem o seu atendimento por níveis, com o primeiro ficando com o service desk, onde é feito o primeiro atendimento e o registro das solicitações dos clientes, ando para segundo, no qual são atendidos os chamados.
Caso não haja resposta neste nível, entra em ação o terceiro, com profissionais mais especializados.
Segundo profissionais experientes ouvidos pelo Baguete, contratos desse tipo normalmente são fechados por prazos longos e a decisão de dividir os níveis entre diferentes fornecedores não é tão comum.
De acordo com esses profissionais, a entrada da Wipro no nível 1 pode ser na verdade um prelúdio para uma transição gradual no qual a multinacional indiana eventualmente assumiria todo o atendimento.
No ano ado, a Gerdau fez outra mudança nessa área, com a troca da CA pela ServiceNow como provedora de software de gerenciamento de incidentes de TI, revelado pelo Baguete.
O contrato com a Wipro não quer necessariamente dizer que a os chamados da Gerdau serão atendidos agora a partir de um centro de e na Índia.
A Wipro emprega hoje no país cerca de 1,2 mil pessoas, em unidades em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Em entrevista com o Baguete em fevereiro, o vice-presidente para mercados emergentes da Wipro, Ankur Prakash, garantiu que a estratégia para o país é atender "contratos locais com recursos locais".
Segundo a reportagem pode averiguar, o gestor do contrato da Gerdau na Wipro será Marcelo Renck Obino, um profissional gaúcho que começou sua carreira na siderúrgica gaúcha ainda nos anos 80.
Obino foi trainee e chegou a ser gerente nacional de vendas e marketing até sair da empresa em 1997.
Mais recentemente, foi diretor de operações no Sul da Meta IT e gerente geral para governo na SAP.
Atender a Gerdau é um trunfo para a Wipro, que começou discretamente no Brasil nos anos 2000, mas tem planos ousados para o futuro.
Na conversa com o Baguete, Prakash abriu a meta de chegar o final de 2018 com um faturamento no país de US$ 250 milhões, o que a colocaria entre os maiores players de tecnologia atuantes no mercado brasileiro.
Do lado da Gerdau a troca da Stefanini pela Wipro, seja parcial ou eventualmente total no futuro, provavelmente segue a lógica de corte de custos que vem se impondo na empresa nos últimos anos.
Com a demanda por aço em baixa devido à crise econômica, a Gerdau entrou no vermelho. A siderúrgica teve prejuízo líquido de R$ 2,89 bilhões em 2016, o que já foi uma redução de 37,2% frente os números ainda piores de 2015.
Só no ano ado, a empresa cortou 13% dos seus custos, para R$ 34,19 bilhões.
O corte de custos teve impacto na área de TI.
Segundo o Baguete apurou, foram três ondas de demissões na área entre 2014 e abril do ano ado.
A Gerdau confirmou os cortes, mas não os números totais, que, de acordo com a apuração do Baguete totalizam 140 pessoas.
A nova fase da TI da companhia é ressaltada pela decisão, em março do ano ado, de unir as diretorias de Suprimentos e TI sob o comando de Cláudia Piunti, diretora de Suprimentos da Gerdau.