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Marco Stefanini.
A Stefanini prevê fechar o ano com um faturamento de R$ 2,6 bilhões no Brasil, o que representa um crescimento zero respeito aos resultados de 2015, quando a companhia fechou com o mesmo número.
O resultados foram abertos em parte pelo presidente da Stefanini, Marco Stefanini, durante um almoço com a imprensa em São Paulo nesta quinta-feira, 01.
Segundo relata a Exame, os resultados foram influenciados pelo desempenho de operações no exterior e subsidiárias em específico no Brasil.
A Stefanini Brasil, isolada, deve apresentar um avanço de 18% no faturamento em 2016, contra 20% em 2015. A filial Argentina deve crescer 40%.
Marco Stefanini não abriu que países puxaram o resultado para baixo.
No Brasil, a influência negativa foi da Orbittal, comprada do Itaú em 2012, que encolheu uma porcentagem não revelada com a expiração do contrato da mesma com o Itaú.
Para 2017, a expectativa é de um desempenho melhor, de crescimento orgânico de 10% a 12% e, incluindo novas compras, de aumento de até 20% no faturamento.
No pior dos cenários, a empresa recuperaria o ritmo na faixa dos 11% registrados entre 2015 e 2014.
Mas mesmo no melhor deles, ainda ficaria longe da meta divulgadas em 2013 de chegar ao final de 2016 faturando R$ 4 bilhões.
A Stefanini progrediu no seu plano de internacionalização, obtendo neste ano metade do seu faturamento fora, segundo disse Stefanini à Exame. No começo do ano, essa cifra era 40%.
A meta da companhia, segundo disse Stefanini à Nearhore Americas no começo do ano, é chegar a 75% do total até 2021.
Segundo levantamento da Fundação Dom Cabral, a Stefanini é atualmente a 5ª empresa brasileira mais internacionalizada, figurando atrás da Gerdau, InterCement, Odebrecht e Fitesa.
Apesar de ter ido devagar nos resultados, o ano de 2016 não foi parado para a Stefanini, que deu continuidade a sua política de acordos comerciais e fusões.
Em abril, a empresa fechou uma t-venture para soluções de ciber segurança, inteligência avançada e segurança pública com a gigante israelense de defesa Rafael.
Um dos focos do acordo é a segurança da automação industrial, especialmente em torno da tendência de Internet das Coisas (IoT).
A Stefanini tem uma entrada especial nesse mercado depois da “fusão” (os termos do negócio não foram muito esclarecidos) com a IHM Engenharia, empresa mineira especializada em projetos de automação industrial.
Em março, a companhia anunciou outra “fusão” com a Scala IT, um dos principais parceiros da IBM em software no país.
No ano ado, levou 40% da receita da Saque e Pague, rede de caixas multisserviços sediada em Porto Alegre.