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José Renato Hopf, presidente da GetNet. Foto: Baguete
O Banrisul se tornou nesta quinta-feira, 25, o primeiro cliente da Saque e Pague, empresa lançada pela GetNet para operar sua rede de ATMs multiserviços.
O contrato com o banco gaúcho inicia com modestas 17 máquinas, das quais uma fase inicial terá instalações nos hipermercados BIG Sertório e BIG Sam’s, shoppings Bourbon Country e Bourbon Wallig, Mercado Público e supermercados Nacional da avenida Wenceslau Escobar e Zaffari da rua Fernando Machado, em Porto Alegre, além do posto de combustíveis Energia, de São Leopoldo.
Até o final de 2013, o plano da GetNet é investir cerca de US$ 10 milhões na rede, entregando por todo o Brasil cerca de 1 mil máquinas.
Os ATMs permitem a realização de transações como depósitos em dinheiro e cheque sem envelope, pagamento de contas e compra de serviços, como recargas de celulares.
Clientes do Banrisul também podem consultar saldo, fazer saques, entre outros serviços bancários.
“Nos depósitos em dinheiro, o valor entra na conta corrente em tempo real. Com cheque, há digitalização imediata e envio da imagem para compensação eletrônica pelo banco”, comenta o presidente do Banrisul, Túlio Zanin.
Já o presidente da GetNet, José Renato Hopf - que trabalhou no Banrisul por 15 anos, saindo como gerente de Canais Eletrônicos em 2003 -, explica que o diferencial do Saque e Pague é a tecnologia recicladora de células.
Pelo mecanismo, o dinheiro usado para pagamentos, depósitos ou compra de serviços fica na máquina, sendo reutilizado para próximos usuários, o que mantém o equipamento em constante reabastecimento.
“Isso desonera muito a logística e reduz custos para todos”, explica Hopf.
Na produção dos ATMs, o presidente garante que a GetNet é responsável por 100% da engenharia, incluindo software e parte dos itens físicos, com importação do Japão de “uma pequena parte do hardware” e fabricação das máquinas por um terceirizado cujo nome ele não revela, mas afirma: não é a Perto.
VAREJO
O executivo também mantém sigilo sobre os nomes de novos contratantes da solução, mas destaca que está em negociações com "pelo menos dez redes varejistas do Brasil" para uso da rede Saque e Pague.
“É um serviço muito bom para o pequeno varejista, especialmente na sangria de caixa. Com os equipamentos, ele fica livre de ter de se deslocar até uma agência bancária cada vez que quiser depositar o dinheiro do caixa, ou fazer um pagamento, por exemplo”, destaca Hopf.
Para varejo, área bancária e outras que venham a aderir aos ATMs da GetNet, a companhia já estuda a oferta de outras funções nos terminais, que deverão estar operantes já nos próximos meses.
“Poderemos ter venda de agens, funções de câmbio, transferência de dinheiro e emissão de cartões no próprio equipamento”, finaliza Hopf.
PRENÚNCIO
Um ano atrás, o Baguete antecipou o anúncio da etnrada da GetNet no mercado de terminais de autoatendimento.
Em outubro de 2011, o diretor executivo de TI da empresa de Campo Bom, Cristian Cavalheiro, contou em entrevista exclusiva ao portal sobre o assunto, revelando a criação da Saque e Pague, operação a ser gerida por Nori Lermen, executivo com 30 anos no mercado financeiro, incluindo agem pela diretoria do Banrisul.
Além da GetNet, o projeto da Saque e Pague envolveu também o trabalho de profissionais de outras empresas do grupo Ernesto Corrêa, como o banco Topázio, a empresa de multiconvênios Good Card e a prestadora de serviços de TEF Auttar.
GRANDE
O lançamento dos ATMs amplia uma rede que já é respeitável: a GetNet já tem mais de 250 mil estabelecimentos usuários de suas máquinas de cartões, com projeção de chegar a 500 mil em três anos.
Quanto ao faturamento, o resultado de 2011 não foi divulgado, mas a previsão divulgada no ano ado era de chegar a R$ 3,8 bilhões, com Ebitda de R$ 210 milhões, elevando as cifras para R$ 5,2 bilhão e R$ 438 milhões, respectivamente, até 2013.