
Alessandro Buonopane. Foto: divulgação.
A GFT Brasil, operação brasileira da multinacional de desenvolvimento de software alemã, fechou um acordo com a Digibee, uma startup de São Paulo em alta no nicho quente de soluções para integração de APIs, ou, para usar uma sigla enorme eiPaaS (Enterprise Integration Platform as a Service).
Pelo acordo, as duas empresas am a atuar conjuntamente dentro dos clientes da GFT em projetos relativos à integração de aplicações.
A parceria tem muito potencial porque a GFT atua principalmente no setor financeiro, no qual projetos de integração entre diferentes players (o chamado Open Banking) estão no topo das prioridades.
A Digibee fornece um treinamento de 20 dias para os profissionais da GFT em sua plataforma de integração e linguagens incluindo JSON, XML, SQL, CURL e outras.
Após o período de capacitação, esses profissionais certificados am a integrar squads da Digibee, como treinamento adicional, diretamente no atendimento a clientes durante três a seis meses.
Depois de completar esse período dentro das squads da Digibee, os profissionais continuam no atendimento e implantação dos projetos de integração pela GFT Brasil. A estimativa é que até o final do ano, 50 profissionais GFT sejam treinados.
“Qualquer organização que tenha ou necessite de sistemas integrados com rapidez pode se beneficiar desse modelo de aceleração de negócios. Elas ganham o e de dois players sólidos e confiáveis e, agora, com mais mão-de-obra especializada disponível”, comenta Alessandro Buonopane, country manager da GFT para o Brasil.
A operação brasileira da GFT está bombando. O faturamento da empresa em euros cresceu em 68% no ano ado, atingindo um total de € 81,3 milhões, o que, pelo câmbio de hoje, equivale a R$ 430 milhões.
O Brasil já é 14% do resultado mundial, representando o terceiro maior mercado da empresa no mundo. A equipe brasileira aumentou 77% no ano ado, chegando a 2.714 colaboradores, uma cifra significativa frente a um total global de 7,2 mil.
Já a Digibee acaba de levantar US$ 25 milhões em uma rodada de investimentos Series A, com liderança do SoftBank Latin America Fund.
Fundada em 2017, a Digibee oferece uma plataforma que permite integrar sistemas on premise e na nuvem, o tipo de produto em demanda com o crescimento de ambientes de TI híbridos nas empresas.
O CEO, Rodrigo Bernardinelli e o CTO, Paulo Kreslins, têm longas agens pela área de vendas da CA.
Vitor Sousa, o terceiro fundador, veio da Produban, uma empresa de tecnologia pertencente ao Grupo Santander, especializada em desenho e operação contínua de infraestrutura de TI.
Hoje com 160 funcionários, a Digibee contabiliza mais de 400 milhões de execuções de integrações diariamente para mais de 250 clientes. No portfólio, estão nomes como Itaú, Assaí Atacadista, B3, Carrefour, Dasa, Fleury e Bauducco.
A empresa encerrou 2021 com R$ 50 milhões de receita anual recorrente e um crescimento de 213% em comparação ao ano anterior. Para 2022, a projeção é crescer 230%, ultraando R$ 165 milhões de ARR.
MERCADO QUENTE
Startups de iPaaS são um bem em alta.
Em abril do ano ado, a Tivit fechou a compra da DevApi, uma startup de Maringá, no Paraná.
Na época, a empresa tinha 10 funcionários e pouco mais de um ano de atuação.
Na outra ponta do mercado, a Sensedia recebeu um aporte de R$ 120 milhões, liderado pelo Riverwood Capital.
A Sensedia é resultado de um spin off da CI&T, uma grande empresa campinense na área de desenvolvimento de software, ainda em 2006.