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Alguma dessas maças é na verdade uma pera. Foto: Depositphotos.
Dois golpistas chineses residentes nos Estados Unidos fizeram a Apple aceitar 6 mil celulares falsos da marca como se fossem produtos verdadeiros.
O esquema funcionou entre 2017 e 2019, gerando um prejuízo de US$ 2,5 milhões para a Apple. Ele era simples, mas ao mesmo tempo complexo.
A parte simples é que os golpistas enviavam celulares falsos com defeito para a Apple, pedindo um aparelho novo, algo que está previsto na garantia que a gigante oferece para os seus produtos.
O lado complicado do golpe é que os aparelhos, vindos de Hong Kong, recebiam IMEIs e números de séries falsos para tapear os controles da Apple.
O número IMEI é um código exclusivo de 15 dígitos usado para identificar dispositivos móveis. Cada dispositivo possui um IMEI único, que ajuda as operadoras e fabricantes a rastrear e gerenciar o aparelho.
A Apple só descobriu o golpe quando uma instância interna de fiscalização viu que os números IMEIs pertenciam a clientes reais.
Olhando mais de perto, a empresa viu que os celulares tinham componentes falsos.
Que uma fabricante de equipamentos possa receber equipamentos falsos como verdadeiros é mais comum do que parece.
Segundo dados da National Retail Federation (NRF) é a maior associação comercial global dedicada ao setor de varejo, diferentes fraudes com produtos retornados custaram US$ 101 bilhões nos Estados Unidos em 2023.
De cada US$ 100 em retornos, US$ 13,70 tem uma fraude por trás, garante a NRF.