
Até 2020, os modelos de fornecimento de nuvem híbrida, envolvendo não apenas cloud pública e privada, mas também características de TI tradicional, irão duplicar.
É o que garante uma pesquisa da HP, segundo a qual, no momento, um a cada dois CEOs e diretores financeiros ouvidos estão elaborando estratégias de nuvem para suas empresas, sendo que a expectativa é que 43% das companhais invistam de US$ 500 mil a US$ 1 milhão por ano em cloud computing nos próximos oito anos e quase 10% gastem mais de US$ 1 milhão por ano nesta área.
Ainda segundo o estudo, mais de 80% dos executivos ouvidos destacam a cloud computing como tão impactante para o cenário de TI e negócios mundial quanto o foram a Internet e, mais recentemente, a virtualização.
Para justificar o aumento previsto para adoção da computação em nuvem, em especial no modelo híbrido, a HP ressalta alguns impulsionadores, como rapidez no desenvolvimento de aplicativos (com 50% das respotas), agilidade para responder a mudanças no mercado (32%) e custos menores de operações (18%).
Os participantes da pesquisa também listaram as três principais barreiras para a adoção em massa de serviços de nuvem.
A lista é encabeçada pela preocupação com segurança (35%), seguida pelo temor de problemas na transformação dos ambientes internos de TI (33%) e por questões de conformidade e governança (17%).
De acordo com os executivos entrevistados para o levantamento, a aceleração na adoção de serviços de nuvem também aumenta a necessidade de estratégias holísticas para gerenciamento de ambientes de TI.
Neste ponto, quase 50% dos entrevistados itiram que suas empresas estão usando soluções de nuvem que não são autorizadas pelo departamento de TI, enquanto 18% não tinham uma perspectiva clara sobre as soluções de computação em nuvem que rodam sem o crivo do setor.
Com base nas respostas dadas à pesquisa, a projeção é que esse problema continue aumentando: 69% dos executivos de negócios e 54% dos de TI responderam estimar que o uso de soluções de cloud não homologadas pela TI chegue à casa dos 50% até 2020.
"As empresas precisam de soluções seguras que facilitem a transformação para a computação em nuvem, com risco ou interrupção mínima nos serviços e que ofereçam governança sem ficarem presas em apenas um fornecedor. Portanto, o caminho para a adoção em massa de computação em nuvem requer um ambiente híbrido, que consista da TI tradicional, bem como ofertas de cloud pública, privada e gerenciada", conclui a pesquisa.
Intitulado "The Future of Cloud", o estudo foi realizado, por encomenda da HP, pela Coleman Parkes Research em fevereiro de 2012.
Foram realizadas 550 entrevistas dentro de empresas de grande (mais de 1 mil funcionários) e médio porte (500 a 1 mil funcionários), nos EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Dinamarca, Rússia, República Tcheca, Emirados Árabes Unidos, Índia, China, Japão, Austrália, Coreia, Brasil e México.
Boquinha
Aproveitando as conclusões extraídas de sua própria pesquisa, a HP lança o HP Converged Cloud, oferta que, segundo definição da própria companhia, "é baseada em uma arquitetura comum, que abrange nuvens privadas, gerenciadas e públicas, bem como as soluções de TI tradicionais".
A oferta permite às empresas usuárias criar, gerenciar e proteger ambientes de cloud pública e privada, incluindo desde o espectro de infraestrutura e aplicativos até a esfera de dados.
O pacote também inclui e para vários hipervisores, sistemas operacionais, ambientes de desenvolvimento, infraestruturas heterogêneas e um ecossistema de parceiros extensível; além de oferecer gerenciamento e segurança para as três camadas: informações, aplicativos e infraestrutura.
Para tanto, a oferta compreende a infraestrutura convergente da HP, soluções de software HP Converged Management and Security, ofertas de inteligência HP Converged Information e tecnologias baseadas em código aberto, como OpenStack.
Conforme Bill Veghte, diretor executivo de estratégia e vice-presidente executivo de software da HP, uma oferta da companhia específica para nuvem pública, com foco na próxima geração de aplicativos web, estará disponível em versão beta pública a partir de 10 de maio.
"O HP Cloud Services lançará sua primeira oferta de infraestrutura pública como um serviço (IaaS), com instâncias de computação ou máquinas virtuais sob demanda, capacidade de armazenamento online expansível e fornecimento acelerado de conteúdo em cache aos usuários finais", explica Veghte.
Como resultado, segundo o VP, os desenvolvedores serão capazes de implementar serviços em questão de minutos e pagar somente pelos recursos que utilizarem.
"A versão beta e privada contará com um serviço de banco de dados para o MySQL e um serviço de armazenamento em blocos que dará e à movimentação de dados de uma instância de computação a outra", complementa o executivo.
Na cesta
Além das novas ofertas, a HP já vem investindo em cloud computing com a Autonomy, empresa de seu guarda-chuva especializada em nuvem privada.
A nuvem privada da Autonomy gerencia mais de 50 petabytes de conteúdo da web, vídeos, e-mails e dados multimídia em 6,5 mil servidores espalhados em 14 datacenters ao redor do mundo.
Outra linha de serviços da HP nesta área é a de Engineering Cloud Transformation, que possibilita o uso de nuvem por equipes de desenvolvimento de produtos e projetos de engenharia.