
HP vai cortar até 16% do total da força de trabalho. Foto: Pexels.
A HP vai demitir entre 7 mil e 9 mil dos seus funcionários no seu ano fiscal 2020, que começa em novembro.
Caso a empresa demita os 9 mil, ela terá reduzido sua equipe total, hoje de 55 mil pessoas, em 16%.
A diminuição deve ser feita por demissões e aposentadorias antecipadas, disse a empresa em nota.
O custo total deve ser de US$ 1 bilhão até 2022. A partir de 2022, a expectativa é de gerar economias anuais do mesmo tamanho com o corte.
Na nota, a HP afirma que os planos de reestruturação devem simplificar o modelo operacional e tornar a HP uma “empresa mais habilitada digitalmente”.
“Estamos tomando ações decisivas para entrar no nosso próximo capítulo”, aponta Enrique Lores, um funcionário de carreira com 30 anos de casa que foi apontado para o cargo de CEO em agosto e deve assumir para valer em novembro.
Não é de hoje que Lores conduz alterações drásticas na HP: ele foi um dos executivo chave no processo de separação que criou a HP Inc e HPE, em 2015.
O anúncio da HP não dá detalhes de como devem ser feitos os cortes em termos de áreas ou países.
É difícil saber qual é o impacto da medida no Brasil.
Quando da separação da HP, em 2015, a revista Exame publicou que a HPE teria 6 mil funcionários no Brasil, enquanto a HP Inc ficaria com 1,5 mil.
No final de 2016, o Baguete revelou com exclusividade que a A HP Inc tinha demitido 55 dos 300 funcionários do centro de pesquisa e desenvolvimento instalado no Tecnopuc, parque tecnológico da PUC-RS, em Porto Alegre.
Mas, para efeito de contas, que o número de funcionários tenha permanecido estável no Brasil e que o corte da empresa no país fosse de 16%, estaríamos falando em 230 demissões ou aposentadorias antecipadas.