
Huawei aposta no mercado brasileiro. Foto: Pexels.
A Huawei colocou em operação um segundo data center no Brasil, criando assim uma segunda zona de disponibilidade, na qual os clientes podem fazer o backup dos dados e sistemas rodando na primeira zona.
Data centers de grandes empresas normalmente têm uma dose de mistério envolvida, mas a gigante chinesa bateu um recorde no assunto, ao não informar onde fica o primeiro, nem o segundo data center brasileiro.
A Huawei disse apenas que as estruturas são próprias e geridas pela empresa, uma cutucada indireta em concorrentes que alugam espaço em grandes data centers de mercado.
O vice-presidente da unidade de cloud da Huawei no Brasil, José Nilo, garantiu ao site Convergência Digital que os investimentos colocam a Huawei em condições de competir no mercado de nuvem pública com as líderes AWS, Google e Microsoft Azure.
A Microsoft anunciou em outubro do ano ado uma nova região de nuvem no Brasil, baseada no Rio de Janeiro, complementando a já oferecida a partir de São Paulo desde 2014.
Ter duas zonas no país é um pré-requisito para atender clientes que querem manter todos os seus dados no território nacional, como o caso do governo federal, que está apostando forte na nuvem e já fechou grandes projetos com a AWS.
José Nilo foi contratado pela Huawei há pouco mais de um ano, vindo da própria AWS, onde foi country manager da AWS entre 2011 e 2020. Antes, ele teve também uma agem pelo Google.
Nilo destacou que, apesar de estar chegando um pouco tarde no mercado brasileiro, no qual a AWS já está atuando há uma década, a Huawei é a segunda provedora no mercado chinês, só atrás do Alibaba.
O Alibaba, aliás, também está no mercado brasileiro, ainda que com uma presença discreta e ainda mais misteriosa.
Em junho de 2019, a reportagem do Baguete revelou que a UOL Diveo, uma das maiores empresas brasileiras de data center e tecnologia, havia se tornado parceiro de cloud dos chineses no Brasil.
A divulgação partiu dos brasileiros. Procurado pelo Baguete na época, o Alibaba Cloud disse por meio de um porta voz que já vem trabalhando no Brasil “por mais de um ano”.