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Bancos são velhos clientes da IBM. Foto: Pexels.
A IBM está ganhando espaço entre grandes bancos com sua oferta de nuvem pública focada em serviços financeiros.
Entre os clientes já fechados estão instituições como o Bank of America, um dos maiores dos Estados Unidos, e o francês BNP Paribas, anunciou a IBM nesta quarta-feira, 22.
O MUFG, o maior do Japão, também está estudando uma migração, segundo revelou ao site americano CIO Dive Hillery Hunter, CTO do IBM Cloud.
Grandes bancos atuam em um mercado altamente regulado, o que pode ser um dos motivos pelos quais o setor está atrás da média de adoção de nuvem.
De acordo com uma pesquisa da CIO Surveys, só 16% das empresas do setor de serviços financeiros adotaram nuvens públicas, abaixo da média de mercado de 24%.
De olho nesse potencial, a IBM lançou há oito meses uma oferta especial para bancos, com direito a um conselho especial liderado pelo ex-CTO do Bank of America.
A IBM também cadastrou 30 vendedores de software especializados no segmento financeiro para oferecer seus serviços na nuvem da empresa.
E no Brasil, o que tudo isso significa? Até agora, pouca coisa.
Segundo a IBM Brasil, a empresa já tem “conversas” com empresas desse setor.
A companhia também destaca que deve “expandir as capacidades” com a abertura de uma nova região multizona de cloud no país, ampliando “opções de serviços de nuvem para executar aplicações corporativas de missão crítica em território nacional”.
Dos 30 ISVs que estão oferecendo produtos na nuvem da IBM, sete tem presença no Brasil.
Destes, cinco são multinacionais de TI (Adobe, Fortinet, Infosys, Veeam e VMware), então não dá para saber se dentro do grande portfólio com o qual elas trabalham no país estão também soluções específicas para bancos.
Outras duas são fornecedoras de soluções específicas para o setor, como a Tenemos, uma companhia suíça de sistemas de core banking e a Vermeg, uma empresa sediada na Tunísia e especializada em soluções para gestão na área de seguros.
Ambas são multinacionais presentes em dezenas de países e tem escritórios em São Paulo.
De resto, a lista tem startups e empresas médias, concentradas nos mercados europeu e americano, com ofertas como análise de risco, IA, automação de workflow, pagamentos e mensagens.
O mercado de bancos no Brasil, além das dificuldades regulatórias típicas do setor, é também bastante mais concentrado e com competidores com alto grau de desenvolvimento tecnológico.
O Itaú, por exemplo, inaugurou um data center próprio em São Paulo em 2015 com um investimento de R$ 3,3 bilhões.
A IBM está muito atrás de competidores como AWS e Microsoft no assunto nuvem pública, mas tem alguns pontos fortes quando o tema são bancos em especial.
A companhia já tem experiência no segmento desde a época do guaraná com rolha pelo menos, e, nos últimos tempos, reforçou sua base tecnológica com a compra da Red Hat, o que reforça seu posicionamento em cloud híbrido.