
O novo centro fica nas instalações do FIT, em Sorocaba, São Paulo. Foto: divulgação.
A IBM, a Flex e o FIT, instituto de tecnologia da segunda empresa, anunciaram um acordo de colaboração para lançar o Centro de Soluções de Telecomunicações para 5G, voltado para pesquisas sobre formas de impulsionar tecnologias de nuvem híbrida aberta em redes móveis 5G na América Latina.
O Centro já está em funcionamento e fica localizado nas instalações do FIT em Sorocaba, São Paulo, tendo interconexão com o IBM Client Center, na capital paulista.
Ele utiliza arquiteturas abertas, como o Open Radio Access Network (Open RAN), em um ambiente simulado para que as operadoras de telecomunicações e outras empresas possam testar suas inovações.
Como parte do acordo, a IBM fornecerá soluções de nuvem aberta e híbrida, como Red Hat OpenStack Platform e Red Hat OpenShift, e soluções nativas de nuvem como inteligência artificial, automação, segurança e IoT.
Já a Flex, especializada em design terceirizado e serviços de manufatura para infraestrutura 5G e produtos sem fio, fornecerá equipamentos eletrônicos para ajudar na entrega e medição de sinais. O FIT, por sua vez, proverá conhecimento em TI e telecomunicações.
Utilizando o ambiente de testes, empresas poderão co-desenvolver protótipos e referências baseados em Open RAN para maximizar o benefício das redes abertas 5G em vários setores, como agronegócio, transporte, saúde, serviços públicos, varejo e bancário.
Uma empresa do setor de saúde, por exemplo, poderia usar as soluções de nuvem híbrida aberta do centro e testar um protótipo de aplicativo que usa IA e edge para que um hospital possa fazer tomografias de maneira remota.
"Esta colaboração se baseia na experiência tecnológica e de indústria da IBM e nosso compromisso de longa data em ajudar as empresas na América Latina a aproveitar tecnologias novas e emergentes, para capturar sua parcela do valor enorme que será criado", afirma Tonny Martins, gerente geral da IBM América Latina.
A Algar Telecom, empresa de telecomunicações e TI do Grupo Algar, é a primeira companhia a participar de testes fim a fim com Open RAN no centro. Isso inclui provas de conceito e testes de avaliação para comprovar a viabilidade de outras soluções de telefonia móvel que irão acelerar a adoção de 5G no Brasil.
"A tecnologia Open RAN tem o potencial de trazer uma série de vantagens para o setor de telecomunicações como um todo. Entre elas, estão a redução de custos de CAPEX e OPEX e a maior independência no mercado de o, permitindo a entrada de novos parceiros além dos grandes players", destaca Luis Lima, vice-presidente de operações, tecnologia e evolução digital da Algar Telecom.
A IBM conta com milhares de especialistas no setor de telecomunicações e 84% dos provedores de serviços de comunicação do mundo são apoiados por IBM e Red Hat.
Recentemente, a empresa anunciou o IBM Cloud for Telecommunications, plataforma com mais de 35 parceiros. O ambiente de nuvem híbrida aborda os desafios únicos que as operadoras de telecomunicações enfrentam à medida que 5G e edge transformam a indústria.
Segundo a empresa, somente no Brasil o 5G deve trazer US$ 22,5 bilhões em oportunidades nos próximos quatro anos.
“Como os primeiros usuários do 5G, os líderes empresariais precisam garantir que sua adoção tecnológica evolua para oferecer e e aproveitar os benefícios de latência e banda, enquanto gerenciam a explosão de dados gerada nos dispositivos e na ponta. A Flex e o FIT estão comprometidas em co-criar este novo futuro com a IBM e as empresas." afirma Carlos Ohde, diretor de inovação do FIT.
Fundada em 1969, a Flex é um provedor de soluções the Sketch-to-Scale com aproximadamente 200 mil colaboradores em 30 países.
Já o Flex Institute of Technology (FIT) foi criado em 2003 e é uma organização sem fins econômicos, de abrangência nacional, credenciada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Além da Flex, o instituto está envolvido em uma gama de projetos na área de eletrônica, médica, agrícola e industrial, com apoio de uma rede de 10 parceiros, incluindo universidades e centros de P&D nacionais e internacionais.