
IBM aposta no Watson. Foto: divulgação.
A IBM anunciou que vai investir cerca de US$ 1 bilhão para transformar seu supercomputador Watson em uma nova unidade de negócio da companhia.
O Watson, que usa uma tecnologia avançada de cognição para responder perguntas, será usado como o ponto de partida para o desenvolvimento de aplicações de inteligência artifical em áreas como saúde.
Segundo informação do Financial Times, o plano indica ao mesmo tempo a confiança da companhia na nova tecnologia, assim como a dificuldade encontrada por ela em desenvolver aplicações rentáveis para o Watson.
Criado para responder perguntas por voz e tirar conclusões baseadas em grandes quantidades de dados, o computador chamou a atenção quando apareceu em 2011 no tradicional quiz televisivo Jeopardy, nos Estados Unidos, e ganhou dos competidores humanos.
Desde então, a Big Blue vem buscando usos efetivos para o produto, encarando desafios como a criação de sistemas automatizados de diagnósticos médicos, estudos feitos em parceria com institutos de pesquisa em saúde.
Segundo analistas, há grande potencial no Watson, que encontrou um método funcional para a abordagem de perguntas e respostas pela inteligência artificial.
"A máquina da IBM é parte de uma promissora classe de computadores que trarão formas mais poderosas de apoio em decisões para empresários, trabalhadores e pesquisadores", afirmou o analista do Gartner Jamie Popkin.
Segundo Michael Rhodin, VP senior da IBM responsável pela nova divisão, setores como saúde e finanças são alvos para a nova tecnologia. Mas para isso, grandes quantidades de dados precisam "alimentar" o sistema.
Segundo Rhodin, o Watson está pronto para desafios maiores e muitas companhias estão interessadas em ter o a ela. A tecnologia faz parte dos ambiciosos planos da fabricante para sua parte de analytics.
Em 2015, a IBM planeja subir seu faturamento na área de US$ 4 bilhões para US$ 20 bilhões. O investimento será intensificado também. Até o final de 2014, cerca de 2 mil pessoas estarão na divisão Watson, afirmou Rhodin ao jornal britânico.