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IBM tem nova queda em novo trimestre. Foto: divulgação.
A IBM divulgou os seus resultados para o primeiro trimestre de 2015, novamente anotando retrações em seu lucro e receita, com quedas em todas as suas áreas de negócio.
No período, o lucro da Big Blue caiu de US$ 2,38 bilhões no primeiro trimestre de 2014 para US$ 2,32 bilhões neste ano. Quanto à receita, a redução foi ainda maior, com uma retração de 12%, ficando em US$ 19,5 bilhões - no ano ado a receita do trimestre foi de US$ 22,2 bilhões.
Em meio à queda geral de ganhos em todas as suas divisões (tecnologia, serviços corporativos, serviços financeiros e software e hardware), o destaque negativo foi a de hardware, que teve queda de 22,6% na receita no período.
De acordo com a empresa, os prospectos para 2015 também não animam, com uma projeção de ganho por ação diluída neste ano de US$ 14,17 a US$ 14,92 - um crescimento do fluxo de caixa próximo a zero.
Mesmo com as quedas, a IBM afirma estar em período de inflexão e mudanças de estratégia, segundo uma nova política implementada pela CEO Ginny Rometty desde 2012, quando assumiu o cargo.
Desde então, a companhia apostou na venda de suas divisões com baixo desempenho e lucro, como a de servidores x86 para a Lenovo e a de semicondutores para a Globalfoundries.
Além disso, a companhia divulgou diversas mudanças em sua estratégia de negócio, mirando novas áreas como cloud computing, big data e mobilidade, firmando parcerias com marcas como Apple.
Entretanto, a companhia ainda tem um longo caminho a percorrer para recuperar a boa forma de outros tempos. A forma da empresa na bolsa de valores aponta isso: desde 2012, as ações da IBM se desvalorizaram 9,6%.
No ímpeto de revitalizar seus negócios e impulsionar novas frentes de desenvolvimento além de seus tradicionais segmentos de atuação, a empresa anunciou em fevereiro um investimento de US$ 4 bilhões em áreas estratégicas.
Chamadas de "imperativos estratégicos" pela Big Blue, as áreas que receberão o investimento são as de nuvem, analytics, mobilidade, redes sociais e tecnologias de segurança.
O objetivo da empresa é que estas novas áreas cresçam rapidamente e cheguem a um faturamento de US$ 40 bilhões até 2018, compondo mais de 40% da receita total da multinacional.