A Intel vai patrocinar o SpaceMETA, projeto para colocar em solo lunar um veículo não tripulado de desenvolvimento 100% brasileiro até o final de 2012.
O projeto faz parte da competição Google Lunar XPrize, que premiará a primeira iniciativa privada que conseguir colocar um módulo lunar funcional no satélite da Terra
Para a empreitada brasileira, a Intel disponibilizou processadores Intel Atom de baixo consumo de energia para os três robôs que serão enviados à Lua.
“A iniciativa busca conquistar o prêmio de US$ 30 milhões oferecido pelo Google e pela XPrize Foundation para estimular a inovação e o interesse de iniciativas privadas pela exploração espacial”, explica o empresário Sérgio Cabral Cavalcanti, diretor do SpaceMETA.
Segundo ele, para levar o prêmio, o módulo deve ser capaz de executar algumas atividades em solo lunar, como se locomover por ao menos 500 metros e enviar um vídeo em alta resolução de volta à Terra.
“Apostamos em tecnologia de ponta, não-poluente e 100% projetada no Brasil. Na Intel, vivemos em uma atmosfera movida à inovação e quebra de paradigmas. Uma das nossas metas é incentivar as pessoas a pensarem o futuro e torná-lo uma realidade.”, explica Max Leite, diretor Mundial do
Grupo de Plataformas para Mercados Emergentes da companhia.
O executivo, que também integra o conselho da SpaceMETA, destaca que a empresa embarcou na ideia brasileira por reconhecer o potencial da mão de obra nacional em “resolver grandes problemas”.
Segundo ele, se o projeto for contemplado, projetará o país à vanguarda da exploração espacial.
“É uma área que traz grandes desafios, mas também incontáveis promessas no campo científico”, afirma ele.
Na iniciativa, além do apoio financeiro, a Intel também entra com know how e participação em pesquisas.
A tecnologia da companhia também será utilizada durante todo o processo de simulação da viagem.
“Vamos tirar proveito da performance dos processadores Xeon. As simulações necessárias para calcular todos os fatores envolvidos no lançamento, viagem e pouso do módulo demandam enorme capacidade de cálculo – exigindo, em alguns momentos, pelo menos 140 servidores trabalhando de forma paralela”, explica Leite.