
O Banco Intermedium tornou possível a abertura de conta pelo celular. Foto: Divulgação.
O Banco Intermedium, instituição financeira fundada pela MRV Engenharia, tornou possível a realização de todo o processo de abertura de conta pelo celular, através do aplicativo para dispositivos móveis.
Para comprovar os dados cadastrais, o correntista precisa enviar fotos de seus documentos originais e uma selfie.
O novo app do banco também permite que o usuário crie uma combinação numérica de forma segura diretamente no smartphone, eliminando a carta-senha.
Ainda seguem operando as funcionalidades que já estavam disponíveis na versão anterior do aplicativo, como o depósito de cheques via dispositivo móvel.
Agora, a instituição também a a oferecer cartões da bandeira MasterCard, nas modalidades Standard, Platinum e Black.
“Nosso objetivo é democratizar o o ao sistema bancário no Brasil. Sem sombra de dúvida, o digital é o caminho para isso. Entender que não é preciso cobrar tarifas para garantir o crescimento sustentável também. Estamos desburocratizando processos e trazendo facilidade e comodidade”, explica o presidente do Banco Intermedium, João Vitor Menin.
A conta digital é livre de taxas istrativas e de serviços e permite pagamentos, investimentos, extratos, depósitos e cheques.
Os correntistas também têm o a todo o portfólio de renda fixa do banco, como CDBs (Certificado de Depósito Bancário) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário).
Atualmente, a instituição conta com 18 mil clientes. A expectativa é de que, até o final do ano, esse número chegue a 100 mil.
O Banco Intermedium foi fundado em 1994 pela MRV Engenharia. A concessão de licença como banco múltiplo veio em 2008. Em 2012, a instituição iniciou a abertura de suas agências especializadas em crédito imobiliário, que contribuíram para impulsionar o crescimento nesse mercado.
Atualmente, a instituição conta com uma carteira de crédito de mais de R$ 2 bilhões e responde por 1% do segmento de crédito imobiliário no Brasil. Seu patrimônio líquido é de R$ 328 milhões e os ativos totais chegam a R$ 2,5 bilhões.
As instituições financeiras digitais estão em alta no Brasil. No final de março, a holding J&F Investimentos, que controla empresas como a JBS, lançou o Banco Original, idealizado por Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central.
A empresa não tem agência física e nasce a partir de um aplicativo disponível para Android e iOS que permite a criação da conta bancária.
O portfólio da instituição inclui, além de todos os serviços de um banco comum, transações por comando de voz, depósitos de cheque por imagem e uma ferramenta de gestão financeira que categoriza os gastos.
Uma diferença do Original para o Intermedium é que o projeto criado por Meirelles trabalha com cartões de crédito das bandeiras MasterCard Platinum e Black, mas não oferece a Standart, o que eexige uma renda mensal a partir de R$ 4 mil para abertura de conta.
O projeto do banco Original começou em meados de 2013, com investimentos que chegaram a R$ 600 milhões na construção da plataforma digital. Assim como o Intermedium, o Original tem a meta de alcançar 100 mil clientes no primeiro ano de atuação.
O Banco Original é o mais um dos mais recentes exemplos de fintechs, empresas jovens de tecnologia focadas em serviços financeiros, nascida no Brasil. A companhia do segmento mais bem sucedida no país até agora parece ser o Nubank, serviço de cartão de crédito que funciona apenas com o app.
A nova empresa segue a mesma premissa, mas adiciona ainda todos os recursos ligados a uma conta bancária, enquanto o Nubank fica às operações de compra com o cartão e o gerenciamento dos gastos.
Em janeiro, o Nubank anunciou que recebeu um aporte de US$ 50 milhões para expandir seus negócios no Brasil.
Criado em setembro de 2014 pelo empreendedor David Vélez, o Nubank já recebeu outros três investimentos: um aporte inicial para começar o negócio, em julho de 2013; um outro investimento logo no lançamento da startup; e um aporte de R$ 90 milhões em 2015.
Segundo a empresa de pesquisa Venture Scanner, em 2014 as fintechs captaram US$ 29 bilhões com fundos de investimentos globalmente.
De acordo com uma pesquisa da PwC, a indústria global de serviços financeiros sente a ameaça das novas empresas. Os executivos de instituições financeiras temem perder cerca de 25% de seus negócios para as startups financeiras até 2020.