
Steve Ballmer está mal na foto com os investidores da Microsoft
Os investidores da Microsoft não estão satisfeitos com o desempenho de Steve Ballmer na presidência executiva da companhia de software.
Segundo matéria publicada no Financial Times (FT) nessa quinta-feira, 26, a “fraca performance” da companhia desde que Ballmer assumiu as rédeas da empresa, em 2000, tem causado grande insatisfação.
David Einhorn, presidente do fundo Greenlight Capital, é quem encarna o desgosto.
“Sua presença é o maior freio para as ações da Microsoft. Ele não liga para o que Wall Street pensa, o que pode ser muito bom, mas a verdade é que ele está preso no ado”, disse Einhorn, em uma reunião em Nova York, na qual pediu à mesa diretora que demita Ballmer.
Apesar da ferocidade, o Greenlight não tem uma mordida tão forte na MS. O fundo detem, segundo o FT, 0,1% da empresa.
Cloud e mobile
Os pontos fracos de Ballmer seguem os mesmos dos últimos anos: mobilidade e cloud computing.
Einhorn declarou, segundo o Financial Times, que a empresa está travada no tempo, não tem aproveitado a tendência da computação em nuvem e tem na parceria com a Nokia sua última chance nos smartphones.
Fiasco móvel
De acordo com o FT, Ballmer também tem sido criticado por reagir muito lentamente à escalada da Apple no mercado de mobile, com o iPod Touch, iPhone e iPad.
Concorrentes, como o Zune nos MP3 players, nunca vingaram, e a empresa chegou a descontinuar o smartphone Kin, voltado para o público adolescente, engavetado depois de três meses no mercado.
A Microsoft ficou em quinto lugar no ranking das plataformas móveis de smartphones no primeiro trimestre de 2011, segundo dados da Gartner, com 3,6% de mercado. O primeiro colocado é o Android (36% de share) seguindo por Symbian (27,4%), iOS (16,8%) e RIM (12,9%).
Efeitos no bolso …
No ano ado, foi pessoalmente afetado pelo baixo desempenho da empresa no segmento de celulares de última geração, quando o bônus do executivo foi cortado pela metade em função dos fiascos no segmento.
… e na bolsa
Os papéis da companhia também sofrem. No início dessa semana, a Microsoft desvalorizou até ficar abaixo da IBM pela primeira vez em 15 anos, sem mencionar na derrota para a Appel na bolsa.
Conforme a agência Reuters, na última segunda-feira, 23, os valores de mercado ranqueavam, entre as três, a Apple (US$ 309,2 bilhões), IBM (US$ 203,8 bilhões) e Microsoft (US$ 203,7 bilhões).
Além disso, no dia 29 de abril, foi as ações da Microsoft tiveram a maior queda em dois anos, caindo 3,6% nos Estados Unidos.
Tábua de salvação
Agora, destaca o Financial Times, o futuro de Ballmer na cadeira de CEO deverá ser determinado pelo seu parceiro de fundação da empresa, Bill Gates.
Aposentado e dedicado à filantropia, Gates ainda detêm 6,7% das ações da empresa, fatia que vem diminuindo nos últimos anos, com a venda de 22% dos seus papéis desde 2009.
Segundo o Financial Times, a Microsoft recusou-se a comentar as declarações de Einhorn.
Leia a matéria completa do Financial Times (em inglês) nos links relacionados abaixo.